quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Transitando2022 ou 108 Ideias fundamentais para um nova sociedade. Partilha 11, ÁGUA – RETENÇÃO e ARMAZENAMENTO, 2023-11

 

 

EDIÇÃO e PUBLICAÇÃO do LIVRO: Transitando2023 ou 108 Ideias fundamentais para um nova sociedade


O principal objectivo do livro Transitando2023 ou 108 Ideias fundamentais para um nova sociedade é o de “oferecer” o seu contributo para uma reflexão individual e colectiva que, acredito convictamente, poderia e deveria estar a ser efectuada face ao período em que vivemos.

Os diversos “choques” e crises, nomeadamente aquela mais directamente relacionada com as alterações climáticas, parecem evidenciar a “falência” de um sistema baseado na exploração da maior parte da população mundial, na destruição dos habitats naturais ou semi-naturais e na competição desenfreada.

O livro está distribuído por áreas temáticas que têm por objectivo traçar possíveis direcções e visões para uma sociedade que possa “transitar” para um modelo diferene de pensamento, de acção e de organização social. Que no essencial constitua uma alternativa, ou múltiplas alternativas, ao sistema industrial capitalista que domina toda a nossa realidade social, económica e política.

Uma reflexão fundamental, portanto, no sentido de perceber potenciais linhas de mudança.

Se tiveres alguma sugestão ou ideia de alguma forma em que possas colaborar/ajudar na publicação deste livro e no desenvolvimento deste projecto (programas de formação, vídeos) fico-te desde já muito grato. Abraços

Pedro Jorge Pereira


E aqui segue mais uma “partilha”. Sintam-se por favor à vontade para a partilhar.


Transitando2022 ou 108 Ideias fundamentais para um nova sociedade.

Partilha 11, ÁGUA – RETENÇÃO e ARMAZENAMENTO, 2023-11


ÁGUA – RETENÇÃO e ARMAZENAMENTO

Uma das outras questões no que à água diz respeito prende-se com aquilo que a meu ver é uma espécie de absurdo lógico. O foco coloca-se sempre na questão, por exemplo, da chuva. No que chove ou não num determinado local. Ou da captação que se faz ou não de água por exemplo através de estruturas com elevados impactos ambientais, e não só, como as barragens. No entanto muito poucas vezes se coloca a questão na capacidade de retenção e armazenamento da água. Anteriormente já referi que essa capacidade é muito superior por exemplo em solos onde existe vegetação e muito em especial onde existe uma verdadeira floresta. Se queremos água então uma das formas mais inteligentes de a ter é plantando florestas. Uma das situações mais absurdas de observar é que a generalidade dos edifícios possuem sistemas de escoamento de água que basicamente drenam a água que cai para um sistema de captação de águas pluviais que depois as despeja, regra geral entretanto já muito mais sujas, nos rios e/ou mares.

Se pensarmos bem na quantidade de água que é escoada por cada edifício e se a multiplicarmos por todos os que existem numa cidade, facilmente constatamos que o potencial de armazenamento de água é tremendo e poderia suprir por si só tanto das necessidades de água de uma cidade. Infelizmente isso está muito longe de suceder a a maior parte da água acaba mesmo por ser pura e simplesmente desperdiçada.

A mentalidade prevalecente é também, de alguma forma, a de que existe imensa água... por isso não é necessário ter cuidado com a forma inconsciente e “esbanjadora” como ela é usada/desperdiçada. Escusado será dizer que é, a meu ver, uma forma de ver as coisas profundamente errada. A água deveria ser usada da forma o mais consciente possível e as estratégias a usar priveligiarem o armazenamento da água possível de captar. Ou melhor, de como armazenar a água que vai estando de alguma forma disponível ao invés de pensar constantemente em formas, por vezes onerosas e tecnicamente complexas, de captar mais água.

Um dos exemplos interessantes que me ocorre é o dos castelos medievais que habiualmente eram dotados de uma enorme cisterna de água, capaz de armazenar líquido suficiente para satisfazer as necessidades de toda a povoação durante largos meses, por vezes até alguns anos, o que não deixa de ser deveras impressionante. O objectivo era claro o de em caso de cerco permitir que os sitiados não ficassem sem algo tão essencial como a água.

Em Portugal também se encontram algumas povoações onde existem algumas torres de armazenamento de água.

Confesso que desconheço em rígor como se processa a captação, se se efectua exclusivamente através de oríficios na própria torre que permitem a infiltração da água da chuva ou se, pelo contrário existe algum outro sistema de por exemplo bombeamento a partir de outras fontes de captação.

Não deixa aliás de ser curioso constatar a forma como sabemos tão pouco sobre aspectos tão essenciais como a própria água que é em boa verdade tão fundamental à nossa própria sobrevivência. De onde ela vem? Como é captada? Como é tratada? E também o que lhe acontece “depois” … qual o seu percurso através dos sistemas de tratamento de esgotos. Uma outra questão prende-se com a “escala” em que esses sistemas funcionam. É uma escala em muitos casos megalómana. De grandes metrópoles. No entanto parece-me que esse também é um dos principais problemas. Seria importante e mais eficiente criar sistemas de menor dimensão e com uma escala mais local por assim dizer. Teria por certo imensos benefícios nomeadamente ao nível dos custos de todo o sistema mas também ao nível da própria gestão do mesmo.

Para além do mais a água captada através das chuvas tendencialmente tem uma necessidade muito menor ao nível de tratamento. É, em geral, efectivamente mais limpa.

Acima de tudo, ou antes de tudo, seria importante esse aspecto primordial da “captação” poder ser efectuada da forma o mais “local possível”. Porque não criar ou incentivar o desenvolvimento de cisternas por exemplo “de bairro” como as que existiam nos castelos medievais?

Um dos argumentos contra esta possibilidade poderia ser o de actualmente dada a densidade urbanística das grandes cidades isso ser quase impossível. No caso português, assim como em muitos outros casos, creio que essa questão não se aplica. Existem ainda muitas áreas disponíveis mesmo nas cidades. Existem até inúmeros terrenos abandonados ou com estruturas obsoletas que poderiam ser perfeitamente adaptados para esse efeito.

Uma outra questão/possibilidade prende-se com a criação de “charcos”. Dada a relevância desse ponto passo a desenvolver-lo melhor num ponto específico.


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#água #desertificação #recursoshídricos #captaçãodeágua

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

people will never forget ...


People will forget what you said,

People will forget what you did,

But people will never forget how you made them feel.

Maya Angelou


As pessoas esquecerão o que disseste,

AS pessoas esquecerão o que tu fizeste,

Mas as pessoas nunca esquecerão como as fizeste sentir

Maya Angelou


Por muito singela que esta reflexão possa parecer, acredito que, em boa verdade, ela é extremamente sábia naquilo que se relaciona com o próprio sentido da vida.

Vezes sem conta procuramos esse sentido em realizar feitos “extraordinários” quando talvez o mais “extraordinário” seja a forma como podemos tocar o coração daqueles que nos rodeiam. Então talvez seja mesmo esse o essencial da vida. 

 

#pjp.ecolution #reflexões #pensamentos #reflections #vidaconsciente #conscientlife #ecolução #ecolution #desenvolvimentointegral #pensadores #sociedade #society #vida #life

sábado, 1 de julho de 2023

Workshop de GESTÃO de TEMPO e “SLOW LIVING”, FESTIVAL UM TODO, Esposende

No passado dia 10 de Junho de 2023, tivemos a oportunidade e privilégio de dinamizar no FESTIVAL UM TODO, organizado e dinamizado pelo Centro Ayni, um Workshop de GESTÃO de TEMPO e “SLOW LIVING”. Na verdade pelas naturais circunstâncias do evento fizemos uma versão algo mais reduzida do Workshop que habitualmente desenvolvemos.

Foi uma experiência extremamente positiva, num festival extremamente interessante e muito bem organizado. A participação do público foi óptima por isso ficamos a “contar os segundos” ;O) até à próxima formação. Nesse medida se tiveres conhecimento de espaços/projectos/associações que possuam condições e possam estar receptivos a acolher este Workshop agradecemos imenso a sugestão.

EcoAbraços!


WORKSHOP de GESTÃO de TEMPO e SLOW LIVING

Um dos “bens” mais valiosos dos nossos tempos e, simultaneamente, um dos que mais nos parece escassear é, nem mais, nem menos, o próprio tempo.

Quantas e quantas vezes ouvimos e dizemos expressões como: “não tenho tempo para nada”, “parece que o tempo passa a voar”, etc.

Encontra-se pois bastante generalizada a sensação de que o tempo é escasso e de que nos sentimos frustrados por não termos o “tempo” que gostaríamos de ter.

Mais: Parece que não há muito que possamos fazer em relação a isso. Mas será que é mesmo assim?


O WORKSHOP de GESTÃO de TEMPO e SLOW LIVING no FESTIVAL UM TODO surgiu pois com o principal intuito de dar uma resposta eficiente à necessidade, cada vez mais premente, de seremos capazes de utilizar e gerir o nosso tempo de forma eficaz e, sobretudo, com uma atitude que nos permita “olhar” para o tempo de forma positiva e como um elemento que pode e deve “jogar a nosso favor”.

Tendo sido o tema principal deste ano a “SUSTENTABILIDADE PESSOAL” fez ainda mais sentido começarmos por a encontrar e, sobretudo, por a criar na própria forma como gerimos a nossa existência quotidiana, assim como na forma como gerimos e organizamos as nossas acções, trabalho, projectos, “dia-a-dia” da forma o mais “inteligente” possível.

Deixamos pois mais uma vez o nosso profundo agradecimento ao Centro Ayni pela óptima oportunidade, assim como as nossas felicitações por tornarem possível um evento repleto de momentos de profunda aprendizagem, partilha e troca de experiências. Venha o próximo Workshop e venha já o próximo “Um Todo”!

 

 

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terça-feira, 20 de junho de 2023

VI ENCONTRO de PERMACULTURA e TRANSIÇÃO no “GRANDE PORTO”


VI ENCONTRO de PERMACULTURA e TRANSIÇÃO no “GRANDE PORTO”

No passado Domingo, 18 de Junho de 2023, realizou-se o VI ENCONTRO de PERMACULTURA e TRANSIÇÃO no “GRANDE PORTO” dinamizado pelo Grupo com o mesmo nome.

Estes Encontros, que surgem da necessidade de criar uma rede e práticas colaborativas entre os diversos projectos e iniciativas que seguem, de alguma forma, os princípios da Permacultura e Transição realizam-se habitualmente de 3 em 3 meses e, por norma, acontecem de forma itenerante em locais coerentes com o espírito da Rede.

Neste VI ENCONTRO a anfitriã foi o Bem da Terra que constitui um local privilegiado para ficar a perceber e observar na prática muito daquilo que é a Permacultura e creio que, pode-se afirmar, o espírito de Transição.

De manhã decorreram sobretudo os trabalhos práticos no Projecto. O almoço consistiu num repasto partilhado de alimentos vegetarianos trazidos pel@s participantes. Da parte da tarde foi momento para nos conhecermos melhor, em especial @s participantes estreantes nos encontros tendo se seguido um espaço de discussão e troca de experiências em que foi debatido como nos podemos apoiar mais no sentido de responder aos desafios que enfrentamos ao nível dos diferentes projectos.


Caso ainda não estejas no grupo, podes aderir em:

Permacultura e Transição no GRANDE Porto – Facebook

https://www.facebook.com/groups/585716959298920/


Viva,

Se és muito interessad@ pelas questões ecológicas e com o desenvolvimento de estilos e modelos de vida com o menor impacto ecológico possível, também nas temáticas da ecologia regenerativa, eco-construção, agricultura urbana, Permacultura, eco-comunidades sente-te convidad@ para participar no grupo “Permacultura e Transição no GRANDE Porto”.

Os objectivos do grupo passam pela troca de experiências, o apoio mútuo, a partilha de informação e esclarecimento de dúvidas, eventualmente "ajudadas" em projectos consoantes as áreas em questões. Eventualmente também o desenvolvimento de Projectos colectivos nas suas áreas de incidência.

Focado sobretudo na região do GRANDE Porto mas aberto o suficiente para poder servir de plataforma de partilha e comunicação de projectos relativamente próximos e na área de influência do “Grande Porto”

Vamos então “Permaculturar” e Transitar para uma Sociedade verdadeiramente mais ECOlógica!

Alguns dos Projectos Participantes na “Rede”: Amigos do Mindelo, Bem da Terra, Casa Madalena da Pena, Famalicão em Transição, etc.


#transição #permacultura #permaculturanograndeporto #permaculturaetransição #transiçãonograndeporto #ecologismo #regeneraçãoecológica #trabalhoemrede #bemdaterra #casamadalenadapena #famalicãoemtransição #hortasurbanasnoportov #terrasolta #terranábia

quarta-feira, 31 de maio de 2023

WORKSHOP de GESTÃO de TEMPO e “SLOW LIVING” FESTIVAL UM TODO - 2023-06-10


WORKSHOP de GESTÃO de TEMPO e SLOW LIVING

Um dos “bens” mais valiosos dos nossos tempos e, simultaneamente, um dos que mais nos parece escassear é, nem mais, nem menos, o próprio tempo.

Quantas e quantas vezes ouvimos e dizemos expressões como: “não tenho tempo para nada”, “parece que o tempo passa a voar”, etc.

Encontra-se pois bastante generalizada a sensação de que o tempo é escasso e de que nos sentimos frustrados por não termos o “tempo” que gostaríamos de ter.

Mais: Parece que não há muito que possamos fazer em relação a isso. Mas será que é mesmo assim?

O WORKSHOP de GESTÃO de TEMPO e SLOW LIVING no FESTIVAL UM TODO surge pois com o principal intuito de dar uma resposta eficiente à necessidade, cada vez mais premente, de seremos capazes de utilizar e gerir o nosso tempo de forma eficaz e, sobretudo, com uma atitude que nos permita “olhar” para o tempo de forma positiva e como um elemento que pode e deve “jogar a nosso favor”.

Sendo o tema principal deste ano a “SUSTENTABILIDADE PESSOAL” faz ainda mais sentido começarmos por a encontrar e, sobretudo, por a criar na própria forma como gerimos a nossa existência quotidiana, assim como na forma como gerimos e organizamos as nossas acções, trabalho, projectos, “dia-a-dia” da forma o mais “inteligente” possível. 

 

WORKSHOP de GESTÃO de TEMPO e “SLOW LIVING”

FESTIVAL um TODO

Local: CASA da JUVENTUDE de Esposende

Data: Sábado, 10 de Junho, 16h30

Participação: Gratuita mas limitada ao número de vagas 


Facilitador: Pedro Jorge Pereira

Formador e Dinamizador de Projectos Eco-Sociais tem vindo a desenvolver diversas actividades e projectos ao nível do Auto-conhecimento, Consciencialização Pessoal, Desenvolvimento Integral sendo o criador e dinamizador do Projecto PJP.ECOLUTION. É Animador Sócio-Cultural trabalhando com Educação Ambiental e Capoeira, também Dinamizador do Projecto de Turismo Eco-Social Slow Motion Tours entre outros.

Editou e Publicou o Livro “Be the Change you Want to see...”, uma obra de sensibilização eco-sociail e foi membro de diversos projectos associativos na área cultural e ecológica.

PJP.ECOLUTION

É o Projecto que funciona como plataforma que agrega o trabalho e activismo de Pedro Jorge Pereira, através da recolha e partilha de informação, assim como através da realização de accções nas áreas do Ecologismo, Evolução e Transformação Pessoal, Consciêncialização Cívica e Social, Formação, entre outras


PJP.ECOLUTION

Pedro J. Pereira

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segunda-feira, 20 de março de 2023

Equinócio de Primavera / 2023-03-20

A Primavera é a estação em que a Natureza volta a “despertar” após o longo período invernal. É a estação da exuberância da vida, das cores, dos cheiros, das formas.

É a “explosão” da vida em cada recanto onde ainda é Natureza.

É tempo de também nós deixarmos “brotar” o que de melhor existe em nós … expressarmos a nossa criatividade, poder, energia nas diversas áreas/dimensões da nossa vida. É um tempo especialmente propício para nos deixarmos guiar pela força e energia da Terra e também por escutarmos, observarmos e aprendermos com a sua sabedoria e essência ancestral.

É também mais uma vez a oportunidade de olharmos para nossas raízes para que possamos perceber quem somos, quem queremos ser e em que sentido queremos ir.

A nossa sociedade perdeu em larga medida a sabedoria do contacto com a Terra e deixou de seguir o ritmo e cadência divina das estações. E é nesse contacto que reside o essencial da questão... nessa reconexão.

Que possas florescer com vigor, naturalidade e beleza nesta Primavera!

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segunda-feira, 13 de março de 2023

Transitando2023 ou 108 Ideias fundamentais para um nova sociedade. Partilha 10, PERMACULTURA

 

PERMACULTURA

Um conceito ou, se quisermos, uma filosofia que surge profundamente associada ao conceito de Transição é o da “Permacultura”. A Permacultura acaba por constituir, efectivamente, uma das filosofias, técnicas, abordagens efectivamente mais revolucionárias aos mais diversos níveis. Podemos assumir, em certa medida, que parte também do conceito de “regeneração ecológica” já que o que nos propõe, quase sempre, é uma regeneração de habitates/paisagens humanizadas que por inúmeros factores se encontram regra geral degradadas, podemos até mesmo dizer “destruídas”.

Em termos práticos é algo complicado definir de forma muito precisa o que é exactamente a Permacultura, até porque ela é susceptíveis de inúmeras interpretações diferentes, mas podemos assumir como uma possível definição relativamente ampla esta retirada da Wikipedia:

A permacultura que significa “cultura permanente”, é um sistema de planeamento de ambientes humanos sustentáveis que utiliza práticas agrícolas e sociais cujo planeamento do seu design é centrado em simular ou utilizar diretamente os padrões e características observados em ecossistemas naturais e foi sistematizada para dar resposta à nova e crescente consciencialização da degradação ambiental global. A própria designação “permanente” foi concebida como a antítese dos modernos sistemas industriais, incluindo sistemas de produção de alimentos que, através da sua alta emergia, por exemplo pela dependência dos combustíveis fósseis e produtos químicos, foram se revelando instáveis, não-resilientes e poluentes (portanto insustentáveis) (1)

Apesar da “conveniência” desta definição também importa dizer, desde logo, que ela acaba por ser profundamente “redutora”. Ou seja, o próprio conceito e filosofia da Permacultura é a muitos níveis bastante mais complexo e amplo do que a definição nos transmite.

No fundo prende-se com a “projecção” de todo um ecossistema visando a optimização de esforços no sentido de assegurar a satisfação das necessidades mais importantes dos indivíduos que nele habitam, passando por áreas como a alimentação, a energia, a água e mesmo áreas de pendor que poderíamos definir como “mais subjectivo” como o bem estar psicológico e social.

Um dos principais objectivos é também o de não nos constituirmos como “invasores” num determinado ecossistema mas sim criar as condições ideais para que ele possa funcionar “por si só” e beneficiar não somente o ser humano mas todos os seres que compõem a cadeia de relações existente nesse mesmo ecossistema. Só por aí, podemos facilmente depreender que nos apresenta um paradigma absolutamente diferenciado do “convencional” em que a forma de nos colocarmos perante a Natureza é a do seu “dono” e da espécie que a pretende “dominar” e subjugar aos interesses (muitas vezes de forma ilusória) da espécie humana.

Então um dos pressupostos da Permacultura é o de que, antes mesmo de qualquer intervenção no ecossistema, a primeira e mais importante fase é a de observação do mesmo no sentido de compreender as relações e dinâmicas existentes … e só depois projectar as intervenções a efectuar tendo sempre por premissa básica a de criar o menor impacto possível. Claro que numa fase inicial esse impacto até poderá ser grande, como por exemplo na construção de um grande charco (que implica uma remoção em grande escala de terras e até a utilização de maquinaria algo pesada), mas sempre no pressuposto de que depois os benefícios para o próprio ecossistema serão em larga medida muito maiores do que os eventuais impactos negativos causados numa fase inicial.

Uma das outras características prende-se naturalmente com a lógica subjacente que é implícitamente uma lógica de longo prazo e de considerar que a dinâmica de (r)equilíbrio do designado ecossistema leva naturalmente o seu tempo. É um processo por assim dizer.

Para além de tudo o mais, ou antes de tudo o mais, também é muito importante levar em linha de consideração que é um processo em larga medida “experimental”, ou seja, muito mais do que implementar teorias completamente definidas e “acabadas” a Permacultura possuí um forte carácter experimentar por assim dizer, o que significa que há muitos aspectos que só se tornarão eventualmente mais claros com a própria experiência. Ou seja, é uma filosofia que implica de forma quase implícita uma enorme humildade face à realidade e um aceitar de tudo aquilo que não se sabe na prática ou ainda não se sabe na prática … porque uma realidade diferente pode, e normalmente implica, uma abordagem bastante diferenciada.

Outros dos aspectos mais importantes prende-se com o facto de ser uma abordagem que podemos definir como perfeitamente oposta a uma lógica extrativista por assim dizer. Então o objectivo não é o de “extraír” do ecossistema o máximo possível, levando vezes sem conta à sua exaustão mas, bem pelo contrário, o de o nutrir e “enriquecer”.

Ao nível da produção alimentar, por exemplo, esse horizonte poderá soar demasiado “utópico” ou “romântico”. É muito difícil por exemplo para um agricultor “convencional” acreditar que é possível produzir numa lógica a vários níveis quase “oposta” àquela que está habituado e lhe parece mais normal. A Permacultura não se cingindo somente à área agrícola oferece claro uma visão diferente. Inicialmente a produção de alimentos poderá tender a ser significativamente inferior à de num modelo convencional. Mas gradualmente ela tenderá a aumentar e, naquilo que constitui um dos aspectos mais interessantes desta filosofia, com o recurso a uma quantidade muito inferior de recursos. Na verdade a ideia será utilizar ao máximo os recursos que estão disponíveis o mais “localmente” possível ao invés de criar um modelo completamente dependente de recursos externos … muitas vezes, para não dizer quase sempre, com um custo ecológico e económico extremamente elevado.

Aliás, é algo perturbador observar como a próprio agricultura dita convencional acaba por ser tão insustentável a tantos e tantos níveis. É, por exemplo, extremamente dependente de uma constante injecção de fundos governamentais ou, no caso da União Europeia, fundos ditos comunitários. Dito de outra forma: é extremamente ineficaz do ponto de vista económico e também ecológico. Perceber que os gastos inerentes aos custos de produção são superiores à receita proveniente da venda daquilo que é produzido deveria soar, em boa verdade, como um paradoxo algo incompreensível. Para além disso, também é bastante perturbador observar que a quantidade de recursos que a agricultura industrial actual requer acaba por ser, em boa verdade, superior à quantidade de alimentos produzida. Ou seja, do ponto de vista ecológico é aquilo que podemos definir como profundamente “ineficiente”.

Essas ilações que no essencial consistem na mera constatação de diversos factos inequívocos deveriam ser motivo, por si só, para nos interrogarmos efectivamente sobre a lógica da agricultura industrial mas a verdade é que esse exercício está longe de ser efectuado com a urgência e importância que deveria.

Começam efectivamente a surgir algumas alternativas e diversos projectos que têm em vista conseguir produzir de uma forma muito mais eficiente, consciente e, também o podemos afirmar, ecológica. Mas ainda assim ainda constituem, por agora, excepções à regra.

De todas essas experiências, muitas das que se destacam na sua capacidade de demonstrar um paradigma profundamente diferente e diria melhor têm por base, efectivamente, a Permacultura. Apesar de ser importante salientar novamente que a Permacultura está longe, muito longe, de se cingir meramente à vertente por assim dizer “agrícola”.

Hoje em dia a Permacultura já se encontra muito mais difundida à escala global e é possível encontrar com relativa facilidade uma oferta muito interessante de cursos e formações na área. Do meu ponto de vista faria todo o sentido que a escala de partilha desses ensinamentos fosse ainda maior e a Permacultura fosse parte integrante dos programas escolares, integrada por exemplo numa disciplina de estudos ecológicos, direcionados para a interacção da espécie humana nos diversos habitats e na forma de trabalhar conscientemente o “meio” e a “paisagem”.

Por outro lado, muito para além de todas as nuances práticas, uma das principais virtudes da Permacultura consiste, no meu ponto de vista, na vertente filosófica da mesma. Não tenho grandes dúvidas, se é que tenho algumas sequer, no potencial “revolucionário” da Permacultura. E muitas “revoluções”, um pouco por todo o planeta, estão de resto já “à vista”.


    (1) Permacultura, Wikipedia, Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Permacultura, Publicado em (?). Acesso: 2022-12-29

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

WORKSHOP de MUDANÇA: RUMO à VIDA que SONHAS VIVER em 2023 e mais além!!!

 

WORKSHOP de MUDANÇA: RUMO à VIDA que SONHAS VIVER

em 2023 e mais além!!!

Macaréu - Associação Cultural, Porto


Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.”

Sêneca.


Foi num ambiente muito descontraído e fraterno que decorreu este Workshop de Mudança – Rumo à vida que sonhas viver em 2023-

Foi uma noite muito produtiva e inspiradora para tod@s participantes e provavelmente “saíram” do Macaréu com uma nova perspectiva e talvez uma nova ferramenta para tornar 2023 (e quem sabe “mais além”) num ano de profundas realizações aos mais diversos níveis.

O nosso maior agradecimento à Macaréu por toda a sua hospitalidade e “cuidado” em assegurar que a actividade decorresse dentro das melhores condições possíveis. E muito obrigado aos participantes pela sua coragem e confiança no nosso trabalho.


O Workshop de Mudança – Rumo à vida que sonhas viver em 2023 consiste fundamental na aplicação de ferramenta “Matriz do Ser” desenvolvida no âmbito do Projecto PJP.ECOLUTION que de uma forma muito simples e objectiva te permite visualizar melhor as diferentes áreas da tua vida e para que aspectos poderás direccionar melhor o teu foco e trabalho de mudança.

Consiste fundamental na aplicação de ferramenta “Matriz do Ser” desenvolvida no âmbito do Projecto PJP.ECOLUTION que de uma forma muito simples e objectiva te permite visualizar melhor as diferentes áreas da tua vida e para que aspectos poderás direccionar melhor o teu foco e trabalho de mudança.

Creio que acabámos tantas e tantas vezes por estar tão imersos nos nossos hábitos e rotinas que até temos dificuldade, ou simplesmente não temos o hábito, de criar momentos de reflexão e observação da nossa própria realidade e das “múltiplas” realidades presentes na nossa vida.”


PJP.ECOLUTION

Pedro J. Pereira

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Sessão sobre Relacionamentos Amorosos Conscientes (Evento de Beneficiência), 6ªfeira, 09 de Fevereiro de 2024, 19h00

  CONTEXTO: Os relacionamentos amorosos são, sem dúvida, um dos contextos literalmente mais apaixonantes da nossa existência mas, ao mesmo...