quarta-feira, 27 de maio de 2020

Workshop de Relacionamentos e Afectividade Consciente, Sábado, 04 de Julho de 2020, Espaço Kumaras, Porto


CONTEXTO: As relações amorosas são um dos contextos relacionais em que mais acabamos por ter que nos colocar “em causa”, que mais nos obrigam a olhar para nós próprios, que mais nos obrigam a enfrentar os nossos próprios medos, “sombras”, fragilidades, etc. Também são um dos contextos relacionais com maior potencial de aprendizagem, crescimento … em suma: evolução.
Como gerir e evoluir conscientemente no contexto de uma relação amorosa, considerando, ao mesmo tempo, todas as tensões, perigos e desafios inerentes?
E, no essencial, como descobrirmos aquilo que é o nosso maior potencial e autenticidade no contexto de uma relação amorosa?
Ao mesmo tempo as relações amorosas “obrigam-nos” a questionar conceitos como o do que é afinal e verdadeiramente … o Amor? E o do que não é.
E em relação às questões da sexualidade? Porque é que existem ainda tantos tabus, preconceitos e pudores em relação às questões sexuais?

O Objectivo Principal do Workshop de Relacionamentos e Afectividade Consciente é o de dotar @s participantes de mecanismos e ferramentas de harmonização e crescimento relacional. Porque a verdade é que estamos habituad@s a acreditar que as relações funcionam “por si só”, sem que sejam desenvolvidas e usadas técnicas de reflexão e relacionamento consciente… e a verdade é que mesmo com tudo aquilo que potenciam e possuem em si mesmo de “maravilhoso”, as relações são, simultaneamente, em muitas situações um enorme foco de sofrimento, mal-estar e mesmo de graves problemas ao nível do próprio desenvolvimento de cada um/uma. É possível mudar isso? Em muitos casos, porventura na grande maioria, sim, é. E é esse desafio a que nos propomos neste workshop.

A QUEM se DESTINA: O workshop destina-se a quem possua uma real determinação e compromisso de evoluir num contexto relacional, mesmo que possa não se encontar envolvido numa relação amorosa neste momento (é importante sermos capazes de observar conscientemente as relações que tivemos assim como projectar de forma evlotiva as que possamos vir a ter) …
É ainda um espaço de encontro, partilha, aprendizagem e simplesmente de expressão. Porque não temos que nos sentir sós (e sem recursos evolutivos) a enfrentar os enormes dilemas, desafios e dificuldades porque passamos na vida, nomeadamente ao nível das relações.

DINÂMICA: Em cada workshop são sugeridas diversas dinâmicas e exercícios destinados a aprofundar as diversas questões abordadas, nomeadamente de análise e compreensão das dinâmicas predominantes a nível relacional.


LOCAL: Espaço Kumaras, Porto

FACILITADOR: Pedro Jorge Pereira, dinamizador do Projecto PJP.ECOLUTION

VALOR de Participação
20€, ou 15€ no caso de duas ou mais inscrições.

INSCRIÇÕES & INFORMAÇÕES
DATA LIMITE: 5ªfeira, 02 de Julho


ESPAÇO KUMARAS


PJP.ECOLUTION


PJP.ECOLUTION
É um projecto que tem como principais objectivos, alicerçados numa profunda consciência espiritual e planetária, a mudança e desenvolvimento pessoal e colectivo. Caracteriza-se por áreas de incidência tais como o ecologismo, a evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, entre outras.

terça-feira, 14 de abril de 2020

BIBLIOLUTION, Sugestão2, O Império de Vergonha, Jean Ziegler, PJP.ECOLUTION


É com muito prazer que venho hoje partilhar com tod@s mais uma vídeo/reflexão, neste caso uma sugestão de leitura …

BIBLIOLUTION, Sugestão2, O Império de Vergonha, Jean Ziegler, PJP.ECOLUTION

Se o consideras útil e interessante, agradeço o teu "Gosto" no vídeo e “Gosto” e Subscrição” da minha página assim como, se sentires que pode ser útil, partilha-o com os teus contactos e com quem aches que dele pode beneficiar.
Comentários e opiniões, assim como sugestões de futuros temas de neste caso de leitura, são também muito bem-vindos! Obrigado e Boa Ecolução!!!

PJP.ECOLUTION


PJP.ECOLUTION
É um projecto que tem como principais objectivos, alicerçados numa profunda consciência espiritual e planetária, a mudança e desenvolvimento pessoal e colectivo. Caracteriza-se por áreas de incidência tais como o ecologismo, a evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, entre outras.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

As consequências ecológicas do Covid-19


As consequências ecológicas do Covid-19
por Pedro Jorge Pereira

09-04-2020

O objectivo principal deste documento é o de proceder a uma análise dos eventos e impactos produzidos pela dita Pandemia de Covid-19 e daí tentar retirar algumas ilações relativamente à forma como se organiza e funciona a nossa sociedade.
Neste caso especificamente o objectivo é o de tentar analisar as possíveis consequências, sobretudo do ponto de vista ecológico por assim dizer, não obstante ser um ponto de análise algo difícil de isolar porque se encontra, claro, intimamente associado a tantas outras questões. Ou, dito por outras palavras, uma abordagem do ponto de vista ecológico implica abordar questões de ordem económica, social, ideológica, etc.
O que este documento pretende é pois lançar uma discussão sobre estas questões e todos os contributos relevantes são pois muito bem-vindos e potencialmente irão enriquecer ainda mais a troca de ideias e o traçar de possíveis linhas de reflexão.
Podemos começar por dividir a análise entre aquilo que são impactos essencialmente positivos (oportunidades) e aquilo que são impactos essencialmente negativos (e que é urgente de alguma forma pensar em formas de os mitigar). Se bem que em muitos casos a divisão esteja longe de ser linear.
A próxima reflexão/documento será pois um maior aprofundamento dos aspectos aqui enunciados e sobretudo do possível potencial de reflexão e mudança contido em cada um deles. Será pois um documento que converge numa direcção e visão de uma nova sociedade pós Covid-19. Ou pelo menos um primeiro manifesto para um documento mais profundo que poderá até, quem sabe, adquirir a forma de uma publicação …


IMPACTOS principalmente positivos
É muito sensível falar de impactos essencialmente positivos quando estamos a referir-nos a um evento responsável por uma situação causadora de tanto sofrimento e a tornar bastante complicada a vida a tantas e tantas pessoas … agora e muito provavelmente nos próximos tempos … por outro lado, infelizmente, muito vezes são necessárias situações “de choque” para efectivamente produzir mudanças a nível da organização social … e evidentemente não podemos prosseguir num modelo devastador para o equilíbrio ecológico dos ecossistemas naturais assim como num modelo que tem vindo a gerar ainda maiores assimetrias económicas e injustiça social. Por isso a mudança é urgente e infelizmente muito poucas acções têm sido efectuadas nesse sentido. A muitos níveis até bem pelo contrário. Existem núcleos de poder muito poderosos que têm vindo a desenvolver todo um programa e sistema, com forte influência ao nível das diversas instâncias governamentais na generalidade dos países, orientado essencialmente para o seu enriquecimento e manutenção da situação quase endémica de injustiça económica, ambiental e social. Só com uma forte mobilização da sociedade civil é possível implementar as medidas necessárias para uma mudança radical nas estruturas económicas e sociais dominantes.

Transportes

Transporte Automóvel
Um dos aspectos mais imediatos e evidentes que a paralisia e “quarentena” forçada da maior parte da população produziu é claro uma tremenda redução na emissão de gases poluentes.
Com a generalidade da população confinada às suas casas, as deslocações encontram-se enormemente diminuídas e isso representa um decréscimo tremendo em termos de emissão de gases. O que se relaciona directamente com a forma profundamente “pesada”, nomeadamente sobretudo através do veículo automóvel individual, como nos deslocamos.
Por outro lado, com diversas unidades industriais também parcialmente ou mesmo totalmente encerradas há uma diminuição avassaladora nas emissões de gases.
De resto essa realidade é extremamente visível em imagens obtidas através de satélite e as diferenças entre o “antes” e o “durante” as medidas de restrição são brutais.
Uma das principais conclusões é pois a de que a redução drástica do tráfego automóvel traduziu-se, como seria de esperar, numa redução drástica da poluição atmosférica e por inerência de um aumento tremendo na qualidade do ar.
Aqui uma ligação para alguns dados relativos à Península Ibérica:
Observador, Mariana Fernandes, em linha 2020-03-26:

Transporte Aéreo
Em termos de transportes é ainda de destacar, e de que maneira, a brutal redução do transporte aéreo.
Nos últimos anos, em especial na última década, devido em particular a uma forte política de subsídios à indústria aeronáutica houve uma banalização do transporte aéreo … obviamente que esse aumento quase exponencial traduziu-se também num aumento das emissões de gases poluentes produzidos por este sector.
Com uma enorme restrição ao movimento de pessoas causada pela dita Pandemia de Covid-19 e um cancelamento da grande maioria das deslocações aéreas a redução ao nível de emissão de gases poluentes foi/é também exponencial.
Esse facto é tanto mais relevante se considerarmos que uma grande parte das deslocações aéreas são de motivação algo questionável. Uma viagem de avião tem um impacto ecológico tremendo, nomeadamente em termos de emissões, e faz cada vez menos sentido apanhar um avião para ir passar um fim-de-semana a um qualquer destino turístico “da moda”.

Em relação ao COVId-19 creio que é uma consequência directa do mundo exacerbadamente globalizado em que vivemos ... como nunca na história temos uma quantidade tão grande de pessoas (e produtos) a viajar distâncias tão grandes em períodos de tempo tão curtos …ou seja, pode bem ser uma consequência directa do mundo exacerbadamente globalizado em que vivemos … e nessa medida é importante haver uma forte relocalização de áreas importantes da nossa organização social … como a própria economia. Não significa que vamos ou devemos deixar de viajar mas provavelmente há muitos aspectos da nossa vida e vivências que podem (provavelmente devem) bem passar por o fazermos a uma escala mais “local”.

Existe uma urgência, a meu ver, do transporte aéreo começar a ser encarado com todos os seus elevados impactos ambientais (se quisermos também sociais e até culturais) e deixar de ser tão subsidiado ... é urgente reduzir o transporte aéreo e a forma “banal” como é utilizado.

Consum(ism)o
É de certa forma paradoxal que, hoje em dia, haja um consumo exacerbado que vai muito para além de necessidades reais essenciais. Ou seja, consome-se muito mais do que é necessário sendo que o próprio sistema produz por definição quantidades obscenas de desperdício. Então a questão não é só o consumir em excesso mas sim uma pequena parte da população mundial consumir em excesso e gerar constantemente níveis inadmissíveis de desperdício quando a maior parte da população mundial não tem sequer o necessário para satisfazer as suas necessidades mais elementares de alimentação, vestuário e habitação. Por isso o acesso ao consumo encontra-se fortemente distorcido e os impactos ecológicos do mesmo são também brutais.

Há por um lado um consumo desenfreado de recursos naturais, que tem levado a uma escala sem precedentes de destruição ambiental.
Por outro lado há uma produção astronómica de resíduos que acabam, porventura na maior parte dos casos, por poluir os ecossistemas naturais … causando inclusive a morte directa ou indirecta de milhões de animais selvagens.

Então um dos impactos mais imediatos da Pandemia de Covid-19 foi o de, pelo menos por um certo período de tempo, ter levado à redução forçada dos níveis de consumo e impactos do mesmo. Isto considerando especialmente as limitações de deslocação da maior parte das pessoas àquilo que são as grandes superfícies de consumo. Contudo … é também possível que o consumo por exemplo de produtos de higiene e alimentares tenha aumentado.

Urbanismo e Demografia
No último século e sobretudo após a revolução industrial a população humana tornou-se numa população essencialmente “urbana” ou seja, numa população que vive essencialmente em cidades, particularmente grandes cidades.

Em 2025 estima-se que 65% da população mundial viva nas zonas urbanas
Em 1985, 41% da população mundial vivia nas zonas urbanas
Em 1920, 14% da população mundial vivia nas zonas urbanas

Esta concentração da população em grandes cidades tem evidentemente repercussões aos mais variados níveis.
Na verdade as cidades são ecossistemas essencialmente artificiais e dependentes do “exterior” em termos de recursos e, muitas vezes, são também incapazes por si só de tratar devidamente os detritos produzidos.
Evidentemente que quanto maior é a população maior é a dificuldade em responder em termos de infra-estruturas básicas. Isto significa que a aglomeração populacional em grandes cidades do ponto de vista ecológico pode ser percepcionado como algo predominantemente problemático.
Uma das possíveis consequências ou problemas de uma concentração de um número demasiadamente elevado de pessoas numa área relativamente diminuta prende-se, por exemplo, com a maior fragilidade e vulnerabilidade à proliferação por exemplo de situações epidémicas e uma maior propensão a um número elevado de vítimas por exemplo face a catástrofes naturais. Ou situações de pandemia …
Existe uma correlação bastante forte entre a densidade populacional de uma determinada cidade e a vulnerabilidade face a situações como às mencionadas anteriormente. Por outro lado existe também uma correlação bastante forte entre o volume e rapidez de circulação de pessoas e bens e a maior vulnerabilidade por exemplo para a disseminação de doenças.
A “crise” provocada pelo Covid-19 veio demonstrar, sobretudo caso houvesse suficiente capacidade de análise em profundidade, da necessidade premente de aliviar a carga populacional nos grandes centros urbanos e isso passa fundamentalmente pela criação de condições de atractividade elevada para o “interior” e investir na criação de melhores condições de vida nas zonas rurais. Por outro lado é também prioritário alterar o paradigma dominante em termos de urbanismo: Ao invés de um constante aumento da densidade urbanística e artificialização dos espaços … é necessário fazer precisamente o oposto … diminuir a densidade de construção dentro dos espaços urbanos e reconverter espaços ocupados por estruturas artificiais em espaços produtivos por exemplo do ponto de vista alimentar ou capazes de proporcionar serviços ambientais como purificação da qualidade do ar (apostando predominantemente em espécies autóctones).

Parece-me evidente que as epidemias só atingiram (atingem) as proporções que atingiram essencialmente por um factor ... e ele é bem humano: a elevada concentração de um número elevado de pessoas num espaço relativamente reduzido ... ou seja, são um fenómeno essencialmente urbano … e foi precisamente em grandes centros urbanos que verificaram maior gravidade (Madrid, Milão, etc.)


Urbano Vs Rural
Ainda de certa forma ligado à questão do urbanismo a realidade é que o abandono do chamado “mundo rural” revela-se problemática aos mais variados níveis … sendo de destacar a tremenda perda de produtividade alimentar, ou falta dela. É uma situação particularmente grave no caso português em que auto-suficiência em termos alimentares é bastante reduzida … e uma situação de crise serve, em larga medida, para nos relembrar desse sério problema e dependência …
No fundo uma sociedade essencialmente de “serviços” acaba, a muitos níveis, por não estar a produzir quase nada daquilo que é mais essencial, sobretudo se pensarmos na alimentação. Então é também uma paradigma que urge alterar.


Ecossistemas e Vida Selvagem
O confinamento em massa da população humana “dentro das suas casas” traduziu-se também numa enorme diminuição da pressão humana nos ecossistemas naturais. A diminuição da pressão humana e a redução dos níveis de poluição a vários níveis tornou possível cenários inimagináveis como por exemplo o avistamento de determinadas espécies animais das quais não havia registo de avistamento em determinados locais.

Por outro lado aquela que é, ou deveria ser, uma das principais ilações da Pandemia de Covid-19 prende-se com aquela que é uma das suas prováveis origens … ou seja o Covid-19 é uma zoonose … está directamente ligado ao facto de um determinado vírus que existe de forma relativamente inócua numa determinada espécie animal poder-se revelar bastante agressivo em contacto com a espécie humana. À medida que os habitates naturais vão sendo destruídos e/ou ocupados pela espécie humana, ou à medida que espécies selvagens são capturadas e retiradas do seu habitate natural (por exemplo neste caso para consumo humano) há um aumento muito substancial de situações de zoonoses poderem acontecer.
Assim sendo a Pandemia de Covid-19 deveria servir para alertar para aquilo que demasiadas pessoas e poderes políticos ainda não perceberam: a importância de proteger a preservar os habitats naturais assim como de proteger e evitar os impactos humanos negativos sobre as espécies selvagens. Se não pelo valor intrínseco que esses habitates e espécies possuem, pelo menos pelas consequências negativas para a própria espécie humana.


IMPACTOS principalmente negativos
Os impactos principalmente negativos são de alguma forma evidentes havendo claro muitos outros impactos que poderão surgir com a própria evolução da situação. Mas mais uma vez é importante salientar que de aspectos ou impactos negativos há sempre um potencial de advirem mudanças importantes e que se podem considerar positivas.

Resíduos

Descartável
Com a natural situação de “medo” instalada, nomeadamente no que diz respeito à agressividade e facilidade de propagação do COVID-19, é expectável, na verdade está já a suceder, que esta "crise" venha constituir um rude golpe para o movimento Lixo Zero ... certamente mesmo após a pandemia estar relativamente debelada vai começar a haver um apelo constante ao uso do descartável "a torto e a direito" por ser supostamente o mais higiénico ... por isso é de antever que a utilização do plástico que estava a regredir vá "voltar em força" ;O(
Dessa forma a quantidade de resíduos produzida irá muito provavelmente aumentar ainda mais … e considerando as enormes deficiências em termos de gestão e tratamento de resíduos, aliado ao “enorme” civismo da população, isso significa mais resíduos lançados nos ecossistemas naturais …

Produtos Químicos Nocivos
Com toda a situação despoletada pelo COVID-19 é provável que a higienização dos espaços com produtos químicos bastante agressivos se torne ainda mais disseminada e comum … sendo em parte compreensível a realidade é que essa realidade terá também um impacto muito significativo ao nível dos ecossistemas planetários … são quantidade brutais de produtos químicos libertados na Natureza e que irão “por arrasto” poluir por exemplo o meio aquático e potencialmente contaminar e até matar muitos outros seres … é ainda importante relembrar que existem todo um conjunto de micro-organismos, nomeadamente muitos tipos de bactérias, que na realidade são essenciais para o equilíbrio e bom funcionamento dos ecossistemas e que serão possivelmente eliminados dos mesmos …
Por isso estando instalada a tendência para “pecar por excesso” é muito provável que venham a surgir sérios desequilíbrios ao nível da composição biológica dos vários ecossistemas sendo que estou em crer que muitas vezes é esse mesmo equilíbrio que evita a proliferação descontrolada de um determinado vírus ou bactéria. Que tendem a prosperar sobretudo em meios artificiais e artificialmente climatizados.

Água
Para além da questão da água em termos qualitativos, ou seja, no que concerne à eventual contaminação da mesma por ainda mais produtos químicos nocivos há também a questão qualitativa que se prende com um aumento das práticas de lavagem dos espaços. Então é de esperar um acréscimo no consumo de água. Em muitos casos provavelmente também “em excesso”.
Investimento na Conservação da Natureza e Políticas Ambientais.
Num contexto de previsível crise económica a Conservação da Natureza e as Políticas Ambientais são vezes sem conta o “elo mais fraco” das distribuições orçamentais. Isso significa que existe uma probabilidade considerável de essas áreas, já de si com enormes dificuldades ao nível da dotação de recursos, virem a enfrentar restrições – nomeadamente ao nível económico – ainda maiores.

Crise Económica
Uma crise económica é naturalmente uma realidade que se repercute de forma negativa aos mais variados níveis. Também com o próprio cidadão individual a tender investir menos em produtos mais ecológicos. Ainda assim esta situação não pode deixar de ser vista, simultaneamente, como uma potencial oportunidade de mudança.
Por um lado um sistema económico baseado num constante crescimento (quando os recursos são cada vez mais limitados e as necessidades tangíveis são bem menores do que as necessidades “especulativas”) é um sistema caduco e que precisa urgentemente de mudar para um novo paradigma … eventualmente de “Decrescimento” … um movimento que remete para uma abordagem e modelo completamente diferente de organização social baseado na busca de um significado de vida mais profundo e menos alicerçado na acumulação material … desde logo profundamente desigual em termos geográficos, económicos, de escala social, etc.

Restrições aos Direitos Individuais
Muitas vezes observamos na história que situações de crise levam em muitas ocasiões à ascensão de forças e ideologias totalitaristas assim como a uma generalizada perda e restrição de direitos fundamentais individuais. Nesse sentido é particularmente importante estarmos atentos ao evoluir da situação enquanto cidadãos.


Um Ecoabraço e Boa Ecolução!
Pedro Jorge Pereira

PJP.ECOLUTION

Ecoliza-te, Ep.2 Uma forma de aproveitar a água da chuva, por pjp, PJP.ECOLUTION



É com muito entusiasmo que hoje venho partilhar com tod@s mais uma vídeo/reflexão, neste caso o 2ºepisódio de Ecoliza-te …

Ecoliza-te, Ep.2 Uma forma de aproveitar a água da chuva, por PJP, PJP.ECOLUTION


Se o consideras útil e interessante, agradeço o teu "Gosto" no vídeo e “Gosto” e Subscrição” da minha página assim como, se sentires que pode ser útil, partilha-o com os teus contactos e com quem aches que dele pode beneficiar.
Comentários e opiniões, assim como sugestões de futuros temas de reflexão, são também muito bem-vindos! Obrigado e Boa Ecolução!!!
Alguns dados:
Um chuveiro padrão consome cerca de 19 a 26 litros de água por minuto, portanto, mesmo que dure só cinco minutos, um duche pode consumir cerca de 130 litros!

PJP.ECOLUTION


PJP.ECOLUTION
É um projecto que tem como principais objectivos, alicerçados numa profunda consciência espiritual e planetária, a mudança e desenvolvimento pessoal e colectivo. Caracteriza-se por áreas de incidência tais como o ecologismo, a evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, entre outras.

quinta-feira, 26 de março de 2020

A propósito do COVID-19 mas não só ...


A propósito do COVID-19 mas não só ...

Para quem não me conhece, sou o Pedro Jorge Pereira, dinamizador, entre outros, do Projecto PJP.ECOLUTION e naquilo que é o meu trabalho diário enquanto “semeador da mudança” vou fazendo por observar o mundo e a sociedade da forma o mais atenta, consciente e profunda que me é possível.
Sendo uma questão que, inevitavelmente, marca profundamente a actualidade e mexe com tantas outras questões de forma mais ou menos directa relacionadas, não posso claro deixar de também partilhar algumas das principais reflexões que me ocorrem no que diz respeito ao choque provocado pela Pandemia de Covid-19.
São contudo reflexões que funcionam mais como preâmbulo de uma análise mais alongada e profunda que tenciono fazer e brevemente irei partilhei. Caso suscite o vosso interesse, fiquem atentos à página do projecto PJP.ECOLUTION.

Começo por dizer que os meus conhecimentos técnicos sobre a área em questão são naturalmente bastante limitados e não tenho pretensão de questionar aquilo que são os dados científicos e técnicos mais ou menos consensuais até ao momento … não obstante de a certos níveis não haver ainda propriamente um consenso …
Assim sendo a minha análise precede essencialmente da minha experiência e observação, ao longo destes anos, digamos, de activista eco-social daquilo que são as dinâmicas sociais e também … ecológicas dos ecossistemas naturais.
Suponho que para alguns poderão trazer alguns elementos novos de reflexão … para outros nem por isso e claro, valem o que valem para cada um … estou claro receptivo a críticas, comentários e terei todo o prazer (nem sempre toda a disponibilidade) em discutir ideias. Especialmente quando pudermos voltar a estar juntos socialmente e fisicamente.

Então … vamos a isto …

Desde logo acho interessante, quer dizer, na verdade acho bastante triste observar que a distância que vai dos nossos dias até ao tristes tempos da inquisição … até tempos (que não vão assim há tanto tempo) onde se fazia dos castigos, punições e execuções espectáculos públicos para entretenimento da plebe … é muito mais curta do que gostaria de acreditar …
Essa distância é vezes sem conta a distância de um teclado de computador … a distância de uma rede social.
A velocidade com que se julga e condena “o outro” é vertiginosa … na esmagadora maioria das situações sem qualquer reflexão profunda sobre o assunto, sem qualquer análise mais ampla e meramente baseados em percepções “fáceis” e imediatas facilmente se lavram sentenças que ficam pouco a dever às sentenças do tempo da inquisição.
O mais assustador é pensar que se esses julgamentos fossem de facto “reais”, “físicos” o que não faltaria seria cidadãos prontamente disponíveis para “atirar a primeira pedra”, caso a sentença fosse a de apedrejamento como infelizmente ainda acontece em alguns países neste nosso planeta.
É nesse campo fecundo de condenação do outro, de populismo “low-cost” que os aprendizes de mussolíní (ou salazar) do mundo (Portugal não é excepção) encontram um terreno muito fértil para propagar as suas ideologias repugnantes ( a ascensão eleitoral da extrema direita por essa Europa e mundo fora é disso mesmo a maior e mais triste evidência).
E vem isto a propósito de quê?

Vem isto a propósito do regresso em massa do hábito salazarista de tantos portugueses se terem tornado, ou terem descoberto em si mesmos, o papel de “polícia de costumes” … o papel de polícia de rede social em que a partir de uma imagem, de “uma” posta (será de pescada) facebookiana, se condena outros portugueses se possível à morte …
Vem isto a propósito das imagens que circularam nas redes socais sobre as pessoas que passeavam à beira mar durante a dita quarentena …

Ora bem … tentando ir ao cerne da questão … qual o objectivo da dita Quarentena?

O objectivo é evidentemente o de impedir ou pelo menos diminuir o contacto social ao máximo... essencialmente porque o contacto social, entre pessoas entenda-se (os animais não humanos tanto quanto se sabe não são hospedeiros do covid19), é uma das principais formas de contágio e disseminação do vírus.
É também o de impedir ao máximo o contacto das pessoas não só com outras pessoas mas também com superfícies e/ou objectos que possam estar infectados com o vírus.
Então creio que se faz uma interpretação demasiado totalitarista da dita quarentena quando se condena alguém por estar no exterior, nomeadamente para praticar alguma espécie de exercício físico. Como se fosse homicida em série. A verdade é que se o fizer mantendo uma distância social de segurança … fala-se em metro e meio, 2 metros … não só não está a fazer nada de errado como, a meu ver, está até a fazer algo francamente positivo.
Parece-me que a questão fundamental não é as pessoas estarem ou não ou ar livre mas estarem ou não a provocar alguma espécie de aglomeração social e a contactar com outras pessoas … o que pelas imagens que tive a oportunidade de ver não me pareceu acontecer em algum momento.

De qualquer forma esta situação remete para duas dimensões que a meu ver são, ou deveriam ser, fundamentais para o ser humano. A prática de desporto e o contacto com o “ar livre”, com os espaços exteriores.
Creio que essas duas dimensões não só não deveriam ser comprometidas ou prejudicadas durante a quarentena como até, se calhar mais do que nunca, se realça a importância que elas têm no bem estar físico e psicológico dos seres humanos.

Em relação ao desporto … bem, creio que estão mais do que documentados e reconhecidos os benefícios do mesmo, se praticado de forma consciente, nomeadamente para o próprio sistema respiratório e imunitário … Particularmente dos desportos de “ar livre”.
Estando os desportos colectivos neste contexto fortemente limitados, impossibilitados até, creio que não constitui qualquer factor acrescido de risco alguém praticar desporto sozinho num espaço exterior … e a meu ver faz todo o sentido, de resto, essa excepção estar de resto contemplada nas chamadas medidas de contenção. De resto como na generalidade dos países a atravessar pela actual situação de pandemia.
Se em relação ao desporto creio que não restam, ou não deveriam restar, grandes dúvidas … vamos agora para a segunda questão: o ar livre.

Não deverá o desporto ser praticado em espaço interior na perspectiva de que o fazer num espaço exterior poderá constituir um risco acrescido de contágio?

Esse risco, a existir, a meu ver é muito reduzido (só não digo nulo porque neste contexto como que não existe risco nulo) … de resto não me parece superior ao risco de contágio de uma ida às compras … hábito do qual poucos de nós podem prescindir.
Na verdade, creio que o risco é sem dúvida muito superior em espaços interiores do que exteriores.
É nos espaços interiores, artificiais por assim dizer, que a generalidade dos vírus - e calculo que o covid-19 esteja longe de constituir uma excepção - encontram as condições ideais para subsistir e propagarem-se.
A verdade é que a generalidade dos vírus têm uma esperança de vida extremamente curta no “meio natural”.. o covid-19 parece, não obstante, ter uma capacidade de resistência superior mas, ainda assim, até o próprio sol e a luz, por exemplo, constitui um elemento hostil para a proliferação dos vírus.
Paradoxalmente (ou não) é nos próprios espaços mais higienizados que, muitas vezes, os vírus encontram condições mais propícias para a sua disseminação.
Em ambientes de temperatura controlada … e claro, particularmente em locais onde houver uma grande concentração/circulação de pessoas (ou seja, potenciais hospedeiros) … e a particularidade dos vírus é precisamente a de precisarem de “hospedeiros” para sobreviver … já que no exterior as suas hipóteses são em geral bastante limitadas.
Não por acaso, se usarmos como linha de referência por exemplo um das maiores pandemias do século passado, a tuberculose, os sanatórios localizavam-se habitualmente em lugares particularmente arejados, nomeadamente na linha da costa ou em locais de considerável altitude. No fundo locais também com elevada exposição solar e sobretudo bastante “ventilados” …

Por outro lado, e essa é uma questão sobre a qual gostaria sem dúvida de ver muito mais produção científica, tendo a acreditar que nos ambientes “naturais”, nomeadamente os espaços exteriores, as próprias condições “naturais” e a presença de outros micro-organismos, que eventualmente competem com esses mesmos vírus, constituem um mecanismo “natural” de controlo dos mesmos. Diversos vírus que acabaram por adquirir contornos epidémicos num passado recente são precisamente vírus que se encontravam presentes em determinados habitats, nomeadamente em determinadas espécies, sem constituir qualquer carácter epidémico … até ao momento em que esses habitats foram de alguma forma ocupados/destruídos pelos humanos.

Parece-me então que o contacto com o “ar livre” é uma necessidade fundamental de qualquer ser e os benefícios são também imensos. Dessa forma parece-me que os benefícios de manter e até incentivar a frequência de espaços “livres” … nomeadamente parques, jardins, beira-mar superam largamente potenciais riscos de propagação viral … enquanto que os benefícios são sobejamente conhecidos os potenciais riscos para além de extremamente reduzidos são, por agora, essencialmente teóricos … do que se sabe os contágios têm acontecido essencialmente ou exclusivamente em espaços fechados e, claro, especialmente em locais efectivamente de risco: como hospitais, lares, locais de trabalho … e claro, em situação claras de contacto próximo com alguém infectado.

Por outro lado, e claro que só podemos por agora especular, porque será que por exemplo na China e na Coreia houve uma taxa de mortalidade bastante baixa considerando a quantidade total de contágios? Uma das possíveis explicações não será precisamente por a população chinesa e suponho que coreana ter tendencialmente um estilo de vida mais saudável do que as populações europeias? E se pensarmos por exemplo na população mais idosa … em que a prática de exercício no exterior, nomeadamente Tai-Chi, nos parques é uma realidade muito comum … é um contraste quase brutal com a realidade “ocidental” em que muitas vezes os idosos passam o dia “colados” à tv sentados no sofá … colados à tv a consumir conteúdos, por exemplo, como os da cmtv … que é precisamente tudo o que é preciso num momento em que urge manter a maior tranquilidade possível numa situação que é naturalmente de alarme.
Claro que existem muitos outros factores a considerar … nomeadamente do ponto de vista ecológico, da organização social (e investimento ou desinvestimento nos sistemas de saúde pública, como tem vindo a acontecer sistematicamente na dita Europa do Sul) … e é fundamental enquanto sociedade reflectirmos de forma aprofundada sobre essas ilações.

Mas acima de tudo creio que é tempo de pararmos com a hipocrisia de escrever e partilhar posts coloridos de “vamos ficar bem” e depois passarmos o tempo a debitar ódio ou demonizar aqueles que não hajam de acordo com aquilo que supostamente é a “ordem social” … sem sequer nos questionarmos até que ponto é que determinadas normas sociais fazem ou não sentido ou correspondem ou não à realidade dos factos.

Qual é a lógica de condenar por exemplo uma família de 4 pessoas que caminhe junto ao mar se mantêm uma distância de segurança em relação às outras pessoas em redor? É o medo de que alguma dessas pessoas possa contagiar outra do grupo se na verdade passam horas, dias, fechados no mesmo espaço doméstico?
Ou um casal? Será que os casais deixaram de dormir juntos, ter relações durante a quarentena? Qual é então o mal de caminharem os dois de mãos dadas num espaço natural?
A situação é particularmente assustadora … é natural vivermos imersos numa atmosfera de medo … mas creio que é fundamental não perdermos um certo sentido de “normalidade” … e sobretudo não perdermos a nossa humanidade em ódios e juízos fáceis contra o outro …
A prática de exercício físico é fundamental.
O usufruto do “ar livre” a meu ver também … e parece-me bastante errado qualquer decisão ou política que prive os seres desse usufruto e contacto … num período em que, se calhar, mais do que nunca ele é necessário.
É perfeitamente possível usufruir do “ar livre” sem contacto social … e mesmo considerando a gravidade do contexto, parece-me que é ser mais “papista do que o papa” a privação ou forte limitação desse direito e necessidade fundamental.

Por agora era só este mensagem/reflexão que gostava de partilhar.
Espero que no final desta tempestade fique precisamente essa lição: a da necessidade de passarmos mais tempo em contacto com a Natureza … com actividades que passem mais pelo valorização do aspecto humano … e talvez menos tempo em actividades diria mais alienantes … como passarmos horas em shoppings … ou fechados em casa em frente ao ecrã … seria óptimo se de um acontecimento trágico sobre o qual temos relativamente pouco controlo … pudéssemos trazer mudanças positivas àquilo que está sobre o nosso controlo, nomeadamente as decisões que tomamos na nossa vida e de como investimos o nosso tempo e energia.
Obrigado pelo tempo que investiram a ler esta reflexão. Espero que vos tenha sido de alguma forma útil.

Um abraço
Pedro Jorge Pereira

PJP.ECOLUTION

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

EPISÓDIO 2/12 do DESAFIO “OS 12 MANDAMENTOS das RELAÇÕES AMOROSAS” – ESTAR ou NÃO ESTAR SÓ?, por PJP



Bom Dia Pessoal,

É com muito entusiasmo que hoje venho partilhar com tod@s mais uma vídeo/reflexão, neste caso o

EPISÓDIO 2/12 do DESAFIO “OS 12 MANDAMENTOS das RELAÇÕES AMOROSAS” – ESTAR ou NÃO ESTAR SÓ?, por PJP



Se o consideram útil, agradeço o vosso "GOSTO" no vídeo e “GOSTO” e “Subscrição” da minha página assim como, caso o queiram, se puderem divulgar juntos d@s voss@s amig@s e contactos que dele possam beneficiar. Muito Obrigado !!!
Comentários, opiniões, etc., assim como sugestões de futuros temas de reflexão são também muito bem-vindos! Obrigado ;O)


PJP.ECOLUTION
É um projecto que tem como principais objectivos, alicerçados numa profunda consciência espiritual e planetária, a mudança e desenvolvimento pessoal e colectivo. Caracteriza-se por áreas de incidência tais como o ecologismo, a evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, entre outras.

Sessão sobre Relacionamentos Amorosos Conscientes (Evento de Beneficiência), 6ªfeira, 09 de Fevereiro de 2024, 19h00

  CONTEXTO: Os relacionamentos amorosos são, sem dúvida, um dos contextos literalmente mais apaixonantes da nossa existência mas, ao mesmo...