da
Solidão …
23 de Setembro, Equinóceo de Outono
e em jeito de Outono aqui deixo a minha reflexão ...
A
solidão é provavelmente um dos “medos” mais enraízados e
ancestrais do ser humano.
Desde
tempos primordiais, tempos esses que remontam provavelmente ao
período de caça-recolecção, pertencer “à tribo” mais do que
uma opção revelava-se praticamente como um requisito fundamental à
sobrevivência ... assim como a expulsão da tribo poderia-se
traduzir numa espécie de sentença de morte …
A
verdade é que, milhares de anos passados, essa necessidade de
pertença social encontra-se profundamente enraízada no nosso
sub-consciente … E o sentimento de não pertença ou de em
determinado grau exclusão continua incontornavelmente a ser um dos
principais factores de infelicidade para os indivíduos …
Pode-se
até afirmar que, de uma forma ou de outra, inúmeros outros factores
de infelicidade, depressão, etc. encontram-se de uma forma ou de
outra associados a esse sentimento de exclusão.
Essa
necessidade primordial de pertença leva ainda, vezes sem conta, os
indivíduos a afastarem-se da sua própria essência, natureza, etc.,
numa perspectiva de tudo tentarem fazer para serem aceites e
integrados no grupo social …
Isso
implica, vezes sem conta, a adopção padrões, comportamentos,
formas de pensamento que podem até colidir com os seus próprios
valores mas que, não obstante o quanto “estúpidos” possam ser,
acabam por ser um preço “normal” a pagar para poderem sentir-se
como parte do todo social e da “norma”.
Há
pois talvez uma diferença fundamental entre saber-se estar só (e
bem) e entre sentir-te solitári@. A socialização faz sentido na
medida daquilo que o indivíduo não tem que abdicar da sua própria
identidade, valores, missões … e para o indivíduo conhecer-se bem
e “a fundo” necessita inevitavelmente de momentos em que está
simplesmente consigo próprio … de forma a poder ter noção e
consciência da sua identidade, valores e missões …
Pedro
Jorge Pereira – Ecolution
Desenvolvimento
Integral
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