PJP.ECOLUTION É um projecto que funciona como plataforma que agrega o trabalho e activismo de Pedro Jorge Pereira nas áreas do ecologismo, evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, formação, entre outras.
domingo, 22 de dezembro de 2019
Solstíco de Inverno 2019
22 de Dezembro de 2019 - Solstíco de Inverno. Que a chama de vida e da Mãe Natureza cintile em ti e que te encontres com o teu verdadeiro ser neste novo ciclo que hoje começa ... neste novo ciclo de recolhimento e instrospecção ...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
A IMPORTÂNCIA E SIMBOLISMO DOS CICLOS E RITUAIS NA NOSSA VIDA + PLANEAR vs DEIXAR FLUIR
Bom Dia Companheir@s de Jornada,
Hoje trago-vos uma partilha/reflexão ou, se preferirem, PARADOXO:
A IMPORTÂNCIA E SIMBOLISMO DOS CICLOS E RITUAIS NA NOSSA VIDA + PLANEAR vs DEIXAR FLUIR
Se consideram que é de alguma forma útil, agradeço o vosso "GOSTO" no
vídeo e “GOSTO” e “Subscrição” da minha página assim como, caso o
queiram, se puderem divulgar juntos d@s voss@s amig@s e contactos. Muito
Obrigado !!!
Comentários assim como sugestões de futuros temas de reflexão são também muito bem-vindos! Obrigado ;O)
f.b..https://www.facebook.com/pjp.ecolution/
Youtube. https://www.youtube.com/channel/UCHFM3JscwSgp6yuqDqScw1w
blog. https://pjp-ecolution.blogspot.com/
PJP ECOLUTION
É um projecto que funciona como plataforma que agrega o trabalho e activismo de Pedro Jorge Pereira nas áreas do ecologismo, evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, formação, entre outras.
Comentários assim como sugestões de futuros temas de reflexão são também muito bem-vindos! Obrigado ;O)
f.b..https://www.facebook.com/pjp.ecolution/
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É um projecto que funciona como plataforma que agrega o trabalho e activismo de Pedro Jorge Pereira nas áreas do ecologismo, evolução e transformação pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e social, formação, entre outras.
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
Sessões Individuais de Reiki e Desenvolvimento Integral
por PJP
2019
12Dezembro
“We must be willing to let go of the life we have planned, so as to have the life that is waiting for us.” Joseph Campbell
O
Reiki é uma técnica de canalização energética que visa o
restabelecimento do equilíbrio energético e emocional nomeadamente
através da harmonização dos diferentes chakras do corpo
O
Desenvolvimento Integral é uma metodologia de consciência e
evolução pessoal e colectiva alicerçada na reflexão e trabalho
sobre diversas áreas consideradas “basilares” no processo
evolutivo e existencial do ser, incidindo sobre vertentes da vida
pessoal como os relacionamentos, a família, o sentido/missão de
vida, a realização profissional, etc.
Dezembro
de 2019
26
de Dezembro, 5ªfeira – 10h00, 11h30, 15h00
duração
aproximada de 1h30m.
Local:
Espaço de Metamorfose, Matosinhos
Valor
de contribuição: NOS PRIMEIROS TRÊS MESES de LANÇAMENTO das
sessões no Espaço de Matamorfose, em Matosinhos, o valor de
contribuição é LIVRE, através de contribuição consciente.
Contactos
para marcação:
Pedro
Jorge Pereira
Telf.
93 447 6236
e-mail.
pjp.ecolution2019@gmail.com
Pedro
Jorge Pereira
Praticante
de Reiki desde 2006 tem vindo a participar em diversas formações
nas áreas do desenvolvimento pessoal/saúde natural.
É
aind Dinamizador do Projecto PJP.ECOLUTION, assim como Formador e
Coordenador de Projectos Eco-Sociais, tem vindo a desenvolver
diversas actividades e projectos ao nível do Auto-conhecimento,
Consciencialização Pessoal, Desenvolvimento Integral.
PJP.ECOLUTION
É
um projecto que tem como principais objectivos, alicerçados numa
profunda consciência espiritual e planetária, a mudança e
desenvolvimento pessoal e colectivo. Caracteriza-se por áreas de
incidência tais como o ecologismo, a evolução e transformação
pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e
social, entre outras.
e-mail.
pjp.ecolution2019@gmail.com
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
Celebração do Solstício de Inverno 2019
Celebração
do Solstício de Inverno 2019
2019
12Dezembro 22, Domingo, 15h30
Praia
de Leça, Matosinhos
CICLOS
da NATUREZA
Desde
tempos imemoriáveis as mais diversas culturas e civilizações
estabeleciam toda a sua vida em função dos ciclos e estações da
Natureza, sendo as mudanças de estação momentos particularmente
simbólicos e profundamente importantes.
Com
a ascensão do cristianismo passou a haver uma repressão e
perseguição às práticas e cultos considerados “pagãos”. No
entanto, no que diz respeito aos solstícios e equinócios, cientes
da forma tão profunda como se encontravam enraízados na cultura e
tradições dos povos, a estratégia adoptada pela Igreja Católica
passou pela sua “cristianização”, criando celebrações cristãs
que se pudessem sobrepor às tradições pagãs ainda que mantendo
alguns dos seus elementos mais simbólicos. O Solstício de Inverno é
disso mesmo um dos mais evidentes exemplos pois a criação do
“Natal” mais não foi, no essencial, do que uma forma de
cristianizar o Solstício de Inverno.
SOLSTÍCIO
de INVERNO
O
Solstício de Inverno tem um significado particularmente especial
pois simboliza o entrar num ciclo de profunda contemplação e
reencontro de cada um/uma com o mais íntimo e profundo de si.
Simboliza também o entrar num novo ciclo no qual se deve “abandonar”
tudo aquilo que redunda e “já não interessa”.
O
objectivo deste encontro/celebração é pois o de celebrarmos, em
grupo, a mudança de estação e de juntos cumprirmos uma tradição
algo esquecida mas profundamente enraízada na nossa identidade
colectiva.
LOCAL:
Praia
de Leça, Matosinhos
Participação:
Gratuita.
Gratuita.
Sugere-se
no entanto que cada um@ possa levar alguns alimentos leves para
partilhar, p.exemplo frutos secos, frutos, bolachas, etc.
INSCRIÇÕES
& INFORMAÇÕES.
As
inscrições não são obrigatórias, sobretudo dado o carácter
informar do evento, mas é de alguma forma útil haver uma noção de
quem efectivamente pretende participar e isso pode ser indicado por
exemplo com o "Vou" no evento do facebook,
preferencialmente se há uma real intenção e vontade de
participação.
Facilitador:
Pedro Jorge Pereira
Sendo
o dinamizador do Projecto PJP.ECOLUTION, assim como Formador e
Coordenador de Projectos Eco-Sociais tem vindo a desenvolver diversas
actividades e projectos ao nível do Auto-conhecimento,
Consciencialização Pessoal, Desenvolvimento Integral. É ainda
membro da Casa da Horta – Associação Cultural, dinamizador do
Projecto de Turismo Eco-Social Slow Motion Tours, etc.
PJP.ECOLUTION
É
um projecto que tem como principais objectivos, alicerçados numa
profunda consciência espiritual e planetária, a mudança e
desenvolvimento pessoal e colectivo. Caracteriza-se por áreas de
incidência tais como o ecologismo, a evolução e transformação
pessoal – desenvolvimento integral, consciêncialização cívica e
social, entre outras.
PJP.ECOLUTION
Pedro
J. Pereira
telm.(+351)
93 447 6236
e-mail.
pjp.ecolution2019@gmail.com
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Workshop de Mudança - A vida que sonhas viver em 2020, 2019 12Dezembro 28, Espaço Shambhala, Matosinhos
Workshop
de Mudança - A vida que sonhas viver em 2020
2019
12Dezembro 28, Sábado, 15h00
Espaço
Shambhala, Matosinhos
CONTEXTO:
Vezes
sem conta sentimos-nos de alguma forma frustrados com a vida que
temos … parece que entre a vida que temos e a vida que gostaríamos
de ter vai uma enorme distância. Isso faz-nos, naturalmente, sentir
desanimados e sem ideias muito concretas de como mudar essa realidade
… mas será que é mesmo assim? Será que a nossa capacidade de
mudar a nossa vida de encontro àquilo que verdadeiramente sonhamos é
assim tão limitada?
O
objectivo principal do Workshop de Mudança - A vida que sonhas
viver em 2020 é o de poderes
efectuar uma análise mais aprofundada e completa das diversas
dimensões da tua vida assim como traçar um plano de mudança aos
mais diversos níveis, nomeadamente através de instrumentos e
ferramentas que poderás adaptar à tua realidade pessoal.
A
QUEM se DESTINA:
O
Workshop de Mudança - A vida que sonhas viver em 2020 destina-se
a quem já não se sentindo plenamente realizad@ com a sua vida
actual, podendo estar inclusive a atravessar um momento de dita
“crise”, possuí uma efectiva vontade de abraçar um processo de
mudança pessoal.
O
início de um novo Ano é naturalmente um período particularmente
poderoso e simbólico para planear mudanças efectivas e iniciar um
novo ciclo existencial. Pelo que este Workshop é talvez aquela
oportunidade que “estavas mesmo à espera” para despertar rumo à
verdadeira essência daquilo que és e sonhas ser …
Vais
continuar à espera de um milagre para mudares verdadeiramente a tua
vida?
LOCAL:
Shambhala
- Artes & Terapias
Matosinhos
VALOR
de Participação:
20€, ou 18€ no caso de duas ou mais inscrições.
20€, ou 18€ no caso de duas ou mais inscrições.
INSCRIÇÕES
& INFORMAÇÕES *
Shambhala
- Artes & Terapias
*
Inscrições Limitadas
DATA
LIMITE:
5ªfeira, 26 de Dezembro de 2019
5ªfeira, 26 de Dezembro de 2019
Facilitador:
Pedro Jorge Pereira
Formador
e Coordenador de Projectos Eco-Sociais tem vindo a desenvolver
diversas actividades e projectos ao nível do Auto-conhecimento,
Consciencialização Pessoal, Desenvolvimento Integral sendo o
dinamizador do Projecto PJP.ECOLUTION. É ainda membro da Casa da
Horta – Associação Cultural, dinamizador do Projecto de Turismo
Eco-Social Slow Motion Tours, etc.
PJP.ECOLUTION
É
um projecto que funciona como plataforma do trabalho e activismo de
Pedro Jorge Pereira nas áreas do ecologismo, evolução e
transformação pessoal – desenvolvimento integral,
consciêncialização cívica e social, formação, entre outras.
evento
no f.b.: https://www.facebook.com/events/3065211267037536/
Shambhala
- Artes & Terapias
telm.
92 608 3039
e-mail:
shambhala1107@gmail.com
PJP.ECOLUTION
Pedro
J. Pereira
telm.(+351)
93 447 6236
e-mail.
pjp.ecolution2019@gmail.com
terça-feira, 5 de novembro de 2019
EXPECTATIONS vs ESSENTIAL VALUABLES
Hi
Guys,
Today
I bring you a relfection/sharing or, if you prefer, a PARADOX:
EXPECTATIONS
vs ESSENTIAL VALUABLES by PJP.ECOLUTION
If
you find it somehow interesting and useful to other people, I will be
very grateful if you give me your LIKE and Subscribe my page and
channels … and, of course, if you can share it within your contacts
and friends
Comments
and suggestions of future reflexion issues are also very welcomed.
Thank
you
PJP
ECOLUTION
Is
a project developed by Pedro Jorge Pereira in the fields of ecology,
personal and communitary evolution and transformation, civic and
social consciousness among others
EXPECTATIVAS vs VALORES ESSENCIAIS
Bom
Dia Malta,
Hoje
trago-vos uma partilha/reflexão ou, se preferirem, PARADOXO:
EXPECTATIVAS
vs VALORES ESSENCIAIS por PJP.ECOLUTION
Se
consideram que é de alguma forma útil, agradeço o vosso "GOSTO"
no vídeo e “GOSTO” e “Subscrição” da minha página assim
como, caso o queiram, se puderem divulgar juntos d@s voss@s amig@s e
contactos. Muito Obrigado !!!
Comentários
assim como sugestões de futuros temas de reflexão são também
muito bem-vindos! Obrigado ;O)
PJP
ECOLUTION
É
um projecto que funciona como plataforma que agrega o trabalho e
activismo de Pedro Jorge Pereira nas áreas do ecologismo, evolução
e transformação pessoal – desenvolvimento integral,
consciêncialização cívica e social, formação, entre outras.
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
ténues sopros de eternidade
por
instantes
podia
fingir
que
o sussurro do vento que assobia
não
é senão pretexto
para
estremecer
como
solo atingido por um trovão
(em
dia de tempestade)
quando
te sinto chegar …
não
é senão pretexto
para
estremecer
como
a areia da praia sacudida
pelas
ondas enfurecidas
em
dia de temporal
por
instantes
podia
fingir
que
não é cada instante
senão
uma longa espera
perseguindo
a tresloucada quimera
de
teu corpo envolto no meu
aonde
pertence …
como
as estrelas pertencem ao firmamento
por
instantes
podia
fingir
que
nem a água da mais pura nascente
acalma
sequer levemente
a
sede de meus lábios
pelos
teus
por
instantes …
podia
fingir
não
me sentir senão
como
barco à deriva
no
oceano do teu corpo
esculpido
pela lua
e
ungido pelo sol
por
instantes
podia
fingir
não
ser já guerra cabalmente perdida
a
do mais ténue controlo
de
todo o meu desiderato por ti
capaz
de engolir os oceanos
e
as montanhas além do horizonte …
Sebastião Cardo
Sebastião Cardo
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
Sobre a gratidão e outras coisas essenciais ...
Sobre a gratidão e outras coisas essenciais ...
14 de Outubro de 2019
14 de Outubro de 2019
Quem me conhece sabe que tendo a ser alguém, em geral, bastante
reservado. Não gosto muito de expor a minha privacidade e vida pessoal.
Ao mesmo tempo … suponho que tenho cada vez mais noção de como a vida é tão volátil … e de que serve viver se não tivermos, de alguma forma, vivido verdadeiramente? E creio que viver verdadeiramente passa por “sentirmos” e também pelos “sentimentos” que de alguma forma propiciamos nos outros.
Ou seja, de que serve viver se não formos capazes de “tocar” os outros … tocar “verdadeiramente” … no seu coração. Há relativamente pouco tempo li algo muito interessante … curiosamente … e mais uma vez parece que o Universo nos transmite as suas mensagens das formas por vezes mais inesperadas … li esse pensamento tatuado nas costas de um senhor durante um evento a que fui assistir … e dizia algo como: “Podem-se esquecer de quem foste, podem-se esquecer do que fizeste mas nunca se vão esquecer do que os fizeste sentir” … e esse pensamento deixou-me efectivamente a pensar … imenso. Fez um tremendo sentido.
Na nossa cultura dizem-nos que temos que ser fortes, duros, frios e racionais … que um “homem não chora” por exemplo … mas nunca nos dizem, ou quase nunca nos dizem … que temos que nos permitir sentir … e de sabermos escutar e viver esse sentir mais profundo … que vem talvez do coração, que vem talvez da alma …
Assim sendo e tudo isto para dizer … de que serve viver se não pudermos tocar também de alguma forma os outros? E é por isso que decidi escrever esta reflexão e partilhar de alguma forma a minha vida pessoal … talvez também na perspectiva de que o meu modesto exemplo possa inspirar, quem sabe, outros seres que possam estar a passar ou vir a passar por situações difíceis.
Há sensivelmente 5 anos começou aquele que foi para mim, até ao momento, se não o mais difícil certamente um dos processos mais difíceis e também “assustadores” da minha vida …
Começaram a surgir alguns sintomas que, longe de imaginar o seu significado, levaram ao diagnóstico de um “Linfoma” … ou seja, uma doença oncológica.
O processo de tratamento foi naturalmente um processo que me levou ao limite das minhas capacidades físicas, psicológicas e emocionais …
Foi portanto um processo de profundo desgaste …
Ao mesmo tempo foi também um processo que contribuiu em muito para ter hoje provavelmente uma forma ligeiramente diferente de ver a vida …
Hoje regressei ao “Hospital de Dia” do Hospital Pedro Hispano, o local onde decorreu o processo de tratamento e consultas, para fazer uma avaliação da situação. Regressar ao Hospital de Dia habitualmente gera em mim um sentimento algo ambíguo e até contraditório …
Por um lado é sempre uma espécie de sensação traumática … regressar a um local onde me dirigia para efectuar tratamentos de quimioterapia … que são "arrasadores" ...
É sempre um sentimento traumático por de certa forma me relembrar de um dos períodos mais difíceis da minha vida …
Mas, simultaneamente, creio que sinto predominantemente gratidão … gratidão por ter tido acesso a esses tratamentos …
As pessoas gostam muito de criticar com relativa facilidade … por vezes por tudo e por nada … e ainda por cima criticar de forma inconsequente … sem em nada contribuir para que as coisas possam melhorar ou ser diferentes … mas pessoalmente creio que em geral até estamos numa situação algo privilegiada … temos acesso a um serviço nacional de saúde em geral gratuito … algo que não existe em muitos países, onde predominam sistemas de saúde privados ou semi-privados (como cá também existe em paralelo) … mas essa “diferença” entre Portugal e muitos outros países, até na própria Europa, salvou-me a vida … porque possivelmente não teria tido condições económicas para me curar e salvar a minha vida … o que é um pensamento algo assustador …
E sinto também gratidão por ir e estar num local onde, de alguma forma, consegui até hoje não ter que voltar para efectuar quimioterapia e por, sobretudo, 5 anos volvidos estar vivo … e ter vivido tudo o que vivi até hoje … ainda que, como é natural, também com momentos difíceis, dolorosos, etc. Mas no fundo vivi. O que não era algo garantido há 5 anos atrás …
Na verdade não é hoje, não é agora, não é daqui a 5 minutos.
Voltar ao Hospital de Dia e especialmente quando aguardo pela consulta os momentos são sempre de profunda ansiedade …
Hoje, mais uma vez, também foi assim.
Com uma particularidade … felizmente os resultados dos exames e análises revelaram que felizmente “está tudo bem” … as 3 simples palavras que mais ansiava por ouvir …
E a particularidade foi a Doutora Fátima ter acrescentado …
“Tem Alta …”
Ao fim de 5 anos, e mesmo com toda a margem de incerteza que existe, posso finalmente considerar estar de alguma forma livre da doença oncológica …
De certa forma, e após o final dos tratamentos e ter ficado a saber que eles tinham produzido o resultado pretendido, a minha vida prosseguiu … como se de alguma forma a realidade do “linfoma” fosse ficando, gradualmente, cada vez mais para trás no tempo ao ponto de se ter tornado uma realidade algo distante …
Mas claro, nunca deixou de ser uma realidade, ainda que passada, que me acompanhava de alguma forma …
E suponho que me acompanhará sempre de alguma forma …
Mas, simultaneamente, acredito que temos como uma espécie de filtro… e aquilo que predomina e que mais e melhor nos recordamos são as experiências positivas … com nostalgia …
Se bem que também não existe nada de errado com as experiências ditas negativas até porque vezes sem conta são elas que mais “nos ensinam” e fazem “crescer” …
Mas “em suma” o que fica de toda esta experiência? Bom, tentando resumir ao máximo, creio que fica sobretudo essa noção, que deveria ser evidente, mas da qual nos precisamos de relembrar com imensa frequência de que no fundo … a vida é incrivelmente frágil e efémera … e por isso mesmo tão especial …
A vida é incrivelmente volátil … a começar e acabar em nós próprios …
Então aquele “lugar comum” de que devemos saber aproveitar a vida ao máximo adquire, em verdade, outra importância e creio um significado ainda mais profundo e essencial.
E viver a vida ao máximo implica sobretudo discernir o que é acessório do que é essencial …
E talvez hoje tenha mais noção do que é verdadeiramente essencial …
Verdadeiramente essenciais são aqueles que mais estiveram ao meu lado, por exemplo, neste processo …
A verdade é que quando partimos deste mundo … a vida continua sem nós … praticamente como se nem notasse a nossa partida … “permanecemos” sobretudo no afecto e Amor que soubemos plantar durante a vida no coração dos outros …
Ou seja, provavelmente aquilo em que seremos mais recordados é na forma como soubemos acariciar, fazer rir, abraçar, beijar … no fundo … pela forma como soubemos e nos permitimos a amar verdadeiramente … aqueles que nos souberam tocar verdadeiramente … e que, sobretudo, soubemos “tocar” verdadeiramente …
E quase tudo o mais é redundante … ou tão pouco importante comparativamente a isso …
Então, mais do que nunca, o mais importante é sabermos ser autênticos … não adiarmos para amanhã os nossos sonhos, paixões, missões …
Porque hoje pode ser a última oportunidade de vivermos … verdadeiramente …
Mesmo que muitas vezes não pareça (mas esforço-me cada vez mais para que pareça e seja) … sinto-me profundamente grato por cada sopro de vida que me é permitido neste planeta …
E quando partir … se me for permitido viver o suficiente para isso … espero partir com um sorriso … com um sorriso e a paz de ter sido o mais coerente possível com a minha essência, com as minhas missões, com as minhas paixões e talvez um sorriso de poder acreditar que contribuí para que o mundo, ou pelo menos o “mundo” daqueles que me foi permitido “tocar”, se tenha tornado um pouquinho melhor …
seja no abraço que não ficou por dar, na palavra de carinho que não ficou por dizer, na “loucura” que não ficou por ser feita com receio do que pudessem pensar de mim …
seja onde for e como for …
Fica pois essa minha mensagem: vivam o que sentem profundamente que querem viver … não adiem para amanhã tentarem que a vossa vida seja o mais fiel reflexo dos vossos sonhos e de a tornar e à dos em vosso redor … melhor … mais profunda, sentida … mais plena de Amor.
E claro, sinto-me profundamente grato à vida por me ter permitido ter por perto, quando era provavelmente mais difícil, senão mesmo quase impossível, seres tão especiais e únicos que nunca me deixaram desistir e me ajudarem a encontrar forças para enfrentar tamanha tempestade … nunca, por muito mais anos que viva, poderei exprimir a gratidão que sinto por fazerem parte da minha vida. E por terem estado tão profundamente presentes na minha vida quando foi mais difícil alguém querer verdadeiramente estar.
Com muito Amor e Gratidão,
Ao mesmo tempo … suponho que tenho cada vez mais noção de como a vida é tão volátil … e de que serve viver se não tivermos, de alguma forma, vivido verdadeiramente? E creio que viver verdadeiramente passa por “sentirmos” e também pelos “sentimentos” que de alguma forma propiciamos nos outros.
Ou seja, de que serve viver se não formos capazes de “tocar” os outros … tocar “verdadeiramente” … no seu coração. Há relativamente pouco tempo li algo muito interessante … curiosamente … e mais uma vez parece que o Universo nos transmite as suas mensagens das formas por vezes mais inesperadas … li esse pensamento tatuado nas costas de um senhor durante um evento a que fui assistir … e dizia algo como: “Podem-se esquecer de quem foste, podem-se esquecer do que fizeste mas nunca se vão esquecer do que os fizeste sentir” … e esse pensamento deixou-me efectivamente a pensar … imenso. Fez um tremendo sentido.
Na nossa cultura dizem-nos que temos que ser fortes, duros, frios e racionais … que um “homem não chora” por exemplo … mas nunca nos dizem, ou quase nunca nos dizem … que temos que nos permitir sentir … e de sabermos escutar e viver esse sentir mais profundo … que vem talvez do coração, que vem talvez da alma …
Assim sendo e tudo isto para dizer … de que serve viver se não pudermos tocar também de alguma forma os outros? E é por isso que decidi escrever esta reflexão e partilhar de alguma forma a minha vida pessoal … talvez também na perspectiva de que o meu modesto exemplo possa inspirar, quem sabe, outros seres que possam estar a passar ou vir a passar por situações difíceis.
Há sensivelmente 5 anos começou aquele que foi para mim, até ao momento, se não o mais difícil certamente um dos processos mais difíceis e também “assustadores” da minha vida …
Começaram a surgir alguns sintomas que, longe de imaginar o seu significado, levaram ao diagnóstico de um “Linfoma” … ou seja, uma doença oncológica.
O processo de tratamento foi naturalmente um processo que me levou ao limite das minhas capacidades físicas, psicológicas e emocionais …
Foi portanto um processo de profundo desgaste …
Ao mesmo tempo foi também um processo que contribuiu em muito para ter hoje provavelmente uma forma ligeiramente diferente de ver a vida …
Hoje regressei ao “Hospital de Dia” do Hospital Pedro Hispano, o local onde decorreu o processo de tratamento e consultas, para fazer uma avaliação da situação. Regressar ao Hospital de Dia habitualmente gera em mim um sentimento algo ambíguo e até contraditório …
Por um lado é sempre uma espécie de sensação traumática … regressar a um local onde me dirigia para efectuar tratamentos de quimioterapia … que são "arrasadores" ...
É sempre um sentimento traumático por de certa forma me relembrar de um dos períodos mais difíceis da minha vida …
Mas, simultaneamente, creio que sinto predominantemente gratidão … gratidão por ter tido acesso a esses tratamentos …
As pessoas gostam muito de criticar com relativa facilidade … por vezes por tudo e por nada … e ainda por cima criticar de forma inconsequente … sem em nada contribuir para que as coisas possam melhorar ou ser diferentes … mas pessoalmente creio que em geral até estamos numa situação algo privilegiada … temos acesso a um serviço nacional de saúde em geral gratuito … algo que não existe em muitos países, onde predominam sistemas de saúde privados ou semi-privados (como cá também existe em paralelo) … mas essa “diferença” entre Portugal e muitos outros países, até na própria Europa, salvou-me a vida … porque possivelmente não teria tido condições económicas para me curar e salvar a minha vida … o que é um pensamento algo assustador …
E sinto também gratidão por ir e estar num local onde, de alguma forma, consegui até hoje não ter que voltar para efectuar quimioterapia e por, sobretudo, 5 anos volvidos estar vivo … e ter vivido tudo o que vivi até hoje … ainda que, como é natural, também com momentos difíceis, dolorosos, etc. Mas no fundo vivi. O que não era algo garantido há 5 anos atrás …
Na verdade não é hoje, não é agora, não é daqui a 5 minutos.
Voltar ao Hospital de Dia e especialmente quando aguardo pela consulta os momentos são sempre de profunda ansiedade …
Hoje, mais uma vez, também foi assim.
Com uma particularidade … felizmente os resultados dos exames e análises revelaram que felizmente “está tudo bem” … as 3 simples palavras que mais ansiava por ouvir …
E a particularidade foi a Doutora Fátima ter acrescentado …
“Tem Alta …”
Ao fim de 5 anos, e mesmo com toda a margem de incerteza que existe, posso finalmente considerar estar de alguma forma livre da doença oncológica …
De certa forma, e após o final dos tratamentos e ter ficado a saber que eles tinham produzido o resultado pretendido, a minha vida prosseguiu … como se de alguma forma a realidade do “linfoma” fosse ficando, gradualmente, cada vez mais para trás no tempo ao ponto de se ter tornado uma realidade algo distante …
Mas claro, nunca deixou de ser uma realidade, ainda que passada, que me acompanhava de alguma forma …
E suponho que me acompanhará sempre de alguma forma …
Mas, simultaneamente, acredito que temos como uma espécie de filtro… e aquilo que predomina e que mais e melhor nos recordamos são as experiências positivas … com nostalgia …
Se bem que também não existe nada de errado com as experiências ditas negativas até porque vezes sem conta são elas que mais “nos ensinam” e fazem “crescer” …
Mas “em suma” o que fica de toda esta experiência? Bom, tentando resumir ao máximo, creio que fica sobretudo essa noção, que deveria ser evidente, mas da qual nos precisamos de relembrar com imensa frequência de que no fundo … a vida é incrivelmente frágil e efémera … e por isso mesmo tão especial …
A vida é incrivelmente volátil … a começar e acabar em nós próprios …
Então aquele “lugar comum” de que devemos saber aproveitar a vida ao máximo adquire, em verdade, outra importância e creio um significado ainda mais profundo e essencial.
E viver a vida ao máximo implica sobretudo discernir o que é acessório do que é essencial …
E talvez hoje tenha mais noção do que é verdadeiramente essencial …
Verdadeiramente essenciais são aqueles que mais estiveram ao meu lado, por exemplo, neste processo …
A verdade é que quando partimos deste mundo … a vida continua sem nós … praticamente como se nem notasse a nossa partida … “permanecemos” sobretudo no afecto e Amor que soubemos plantar durante a vida no coração dos outros …
Ou seja, provavelmente aquilo em que seremos mais recordados é na forma como soubemos acariciar, fazer rir, abraçar, beijar … no fundo … pela forma como soubemos e nos permitimos a amar verdadeiramente … aqueles que nos souberam tocar verdadeiramente … e que, sobretudo, soubemos “tocar” verdadeiramente …
E quase tudo o mais é redundante … ou tão pouco importante comparativamente a isso …
Então, mais do que nunca, o mais importante é sabermos ser autênticos … não adiarmos para amanhã os nossos sonhos, paixões, missões …
Porque hoje pode ser a última oportunidade de vivermos … verdadeiramente …
Mesmo que muitas vezes não pareça (mas esforço-me cada vez mais para que pareça e seja) … sinto-me profundamente grato por cada sopro de vida que me é permitido neste planeta …
E quando partir … se me for permitido viver o suficiente para isso … espero partir com um sorriso … com um sorriso e a paz de ter sido o mais coerente possível com a minha essência, com as minhas missões, com as minhas paixões e talvez um sorriso de poder acreditar que contribuí para que o mundo, ou pelo menos o “mundo” daqueles que me foi permitido “tocar”, se tenha tornado um pouquinho melhor …
seja no abraço que não ficou por dar, na palavra de carinho que não ficou por dizer, na “loucura” que não ficou por ser feita com receio do que pudessem pensar de mim …
seja onde for e como for …
Fica pois essa minha mensagem: vivam o que sentem profundamente que querem viver … não adiem para amanhã tentarem que a vossa vida seja o mais fiel reflexo dos vossos sonhos e de a tornar e à dos em vosso redor … melhor … mais profunda, sentida … mais plena de Amor.
E claro, sinto-me profundamente grato à vida por me ter permitido ter por perto, quando era provavelmente mais difícil, senão mesmo quase impossível, seres tão especiais e únicos que nunca me deixaram desistir e me ajudarem a encontrar forças para enfrentar tamanha tempestade … nunca, por muito mais anos que viva, poderei exprimir a gratidão que sinto por fazerem parte da minha vida. E por terem estado tão profundamente presentes na minha vida quando foi mais difícil alguém querer verdadeiramente estar.
Com muito Amor e Gratidão,
Pedro Jorge Pereira
p.s. e claro que haveria muito mais que gostaria de dizer mas isso dava
material talvez para um texto bem mais longo, talvez um livro, que de
resto já comecei há algum tempo a escrever ... por isso, já agora, se
tiverem alguma recomendação ou contacto que me possa ajudar a
concretizar esse projecto agradeço de todo o coração
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Solidão ...
da
Solidão …
23 de Setembro, Equinóceo de Outono
e em jeito de Outono aqui deixo a minha reflexão ...
A
solidão é provavelmente um dos “medos” mais enraízados e
ancestrais do ser humano.
Desde
tempos primordiais, tempos esses que remontam provavelmente ao
período de caça-recolecção, pertencer “à tribo” mais do que
uma opção revelava-se praticamente como um requisito fundamental à
sobrevivência ... assim como a expulsão da tribo poderia-se
traduzir numa espécie de sentença de morte …
A
verdade é que, milhares de anos passados, essa necessidade de
pertença social encontra-se profundamente enraízada no nosso
sub-consciente … E o sentimento de não pertença ou de em
determinado grau exclusão continua incontornavelmente a ser um dos
principais factores de infelicidade para os indivíduos …
Pode-se
até afirmar que, de uma forma ou de outra, inúmeros outros factores
de infelicidade, depressão, etc. encontram-se de uma forma ou de
outra associados a esse sentimento de exclusão.
Essa
necessidade primordial de pertença leva ainda, vezes sem conta, os
indivíduos a afastarem-se da sua própria essência, natureza, etc.,
numa perspectiva de tudo tentarem fazer para serem aceites e
integrados no grupo social …
Isso
implica, vezes sem conta, a adopção padrões, comportamentos,
formas de pensamento que podem até colidir com os seus próprios
valores mas que, não obstante o quanto “estúpidos” possam ser,
acabam por ser um preço “normal” a pagar para poderem sentir-se
como parte do todo social e da “norma”.
Há
pois talvez uma diferença fundamental entre saber-se estar só (e
bem) e entre sentir-te solitári@. A socialização faz sentido na
medida daquilo que o indivíduo não tem que abdicar da sua própria
identidade, valores, missões … e para o indivíduo conhecer-se bem
e “a fundo” necessita inevitavelmente de momentos em que está
simplesmente consigo próprio … de forma a poder ter noção e
consciência da sua identidade, valores e missões …
Pedro
Jorge Pereira – Ecolution
Desenvolvimento
Integral
segunda-feira, 29 de julho de 2019
O jovem pastor e o diabinho dos bosques
Cobiçar
os bens, qualidades ou regalias alheias não nos traz qualquer
vantagem, muito pelo contrário. A mesquinhez de espírito, que torna
insuportável o bem alheio aos nossos olhos, é algo que temos de
combater activamente pois constitui uma terrível fonte de mal-estar
e de infelicidade. Um pequeno conto ilustra o horror deste estado de
espírito.
Era
uma vez um jovem pastor de cabras que um dia encontra um diabinho dos
bosques. O diabinho diz-lhe que lhe vai conceder um desejo mas que o
que ele pedir será concedido ao vizinho a dobrar. “Pensa bem no
teu pedido que eu volto amanhã de manhã!” O pastor perde-se em
conjecturas: “Podia pedir uma casa … Não, senão o idiota do meu
viznho teria duas! Era melhor pedir para ser muito inteligente …
pois, mas o imbecil do meu vizinho seria sempre mais inteligente do
que eu! E se eu pedisse uma mulher bonita? Não, também não porque
ele, sem ter feito nada para o merecer, teria duas!”
O
pastor esquece-se de recolher as cabras, não pensa em comer e não
consegue pregar olho durante toda a noite, preocupado que está em
descobrir o que vai pedir.
No
dia seguinte, de manhã, o diabinho aparece. “Então, qual é o teu
desejo?” E o pastor, completamente exausto de tanto pensar,
responde:”Arranca-me um olho”.
Em
“A Alquimia da Dor – Conselhos Budistas para Transformar o
Sofrimento”; Paldron, Tsering; Pergaminho, 2004, p.121
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Solsctício de Verão 21 de Junho de 2019
O
Solstício de Verão representa o momento em que a Mãe Sol (sim, em
diversas culturas ancestrais o “Deus Sol” não era o “Deus Sol”
mas sim a “Deusa Sol”) atinge o seu máximo vigor.
O
dia “mais longo do ano” simboliza um momento de profunda mudança
entre o passado e o futuro.
A
“Sol”, o fogo, a matéria incandescente simboliza a força para
lançar nas chamas tudo aquilo que em nossa vida “redunda” e
constitui obstáculo à nossa verdadeira e profunda evolução.
Porventura essência.
O
Verão é para nós um convite a abrirmos o nosso coração e
manifestarmos no plano social e no mundo em que vivemos todo o nosso
esplendor e potencial.
É
tempo de escutarmos os impulsos do nosso corpo e da nossa alma rumo a
uma plena fruição da vida.
É
tempo de “pularmos” as chamas da fogueira que acendemos e onde
depositamos com plena gratidão a “pele” que nos serviu nas
estações precedentes, mas que agora redunda …
Permite-te
a sentir o “fogo” do Verão no mais profundo do teu ser. Que o
Verão seja tempo de expansão e de plena vivência dos teus sonhos e
objectivos mais essenciais, da tua própria essência e
autenticidade. Que o Verão propicie ainda mais a aventura da tua
própria descoberta e (re)descoberta. Seja em ti próprio, seja nas
paixões que tanto te fazem sentir … viv@!
Que
seja tempo de buscares o mais autêntico da (Mãe) Natureza dentro e
fora de ti.
Desejo-te
um pleno Solstício de Verão e uma plena estação estival!
Pedro
Jorge Pereira – DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
sentires ...
Por
vezes as circunstâncias da vida não precisam necessariamente de
“fazer sentido” mas sim, sobretudo, de “fazer sentir”.
PJP,
24 de Fevereiro de 2019
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
Sobre o Amor ou algo assim …
Haverá
algo mais ambicioso do que pretender escrever sobre o Amor?
Sim,
o Amor, talvez um dos sentimentos (pode-se definir o Amor
simplesmente como um sentimento?) mais poderosos… ou talvez, “o”
sentimento mais poderoso que existe.
Por
Amor desenrolam-se dramas, aventuras, romances e, quase me atreveria
a dizer, é em torno dele que gira em larga medida a nossa existência
…
É
simplesmente avassaladora a forma como o Amor é susceptível de
“mexer” connosco
aos mais variados
níveis…
Mas
a principal questão que se coloca é:
será que quando
falamos de Amor estamos a falar verdadeiramente de Amor?
Há
certos aspectos em tudo aquilo que nos dizem sobre o Amor que me
“fazem pensar”…
Em
primeiro lugar acredito
que há uma diferença muito considerável entre Amor e paixão…
A
paixão é impulsiva (e muitas vezes explosiva) e pode
levar, de alguma forma, ao desenvolvimento de uma relação
amorosa…ou seja, creio que a paixão poderá
evoluir
para se tornar em algo mais profundo como…o Amor. Ou não…
Portanto,
muito mais do que
algo que se sente de forma intrínseca, o Amor é um processo que se
desenvolve …
algo
que
se alimentado
e cuidado poderá
conduzir, gradualmente, a esse sentimento tão profundo,
quase transcendente …
Ainda
assim confesso a minha tremenda impotência perante tão hérculea
tarefa como a de definir isso do que é o Amor …
Talvez
o mais fácil e lógico seja
definir o Amor
através da definição daquilo que, creio, não é o Amor.
Quando
algum dos elementos envolvidos numa relação dita amorosa sente que
deve terminar a relação porque é o que faz mais sentido para a sua
vida - ou seja porque outro motivo for - frequentemente a reacção
do outro elemento é de… ódio … ou seja, supostamente existe um
Amor enorme mas quando alguém decide que o melhor para si é o de
prosseguir o seu próprio caminho então esse dito Amor transforma-se
em ódio … A questão que se coloca é se a pessoa que agora odeia
a outra, alguma vez a terá amado verdadeiramente? Pode-se chamar
Amor a algo tão condicionado pela forma como a outra pessoa age ou
não em função daquilo que achamos que é melhor para nós…não
respeitando necessariamente aquilo que é melhor para ele/ela?
Ou
seja, parece
que só amamos a
outra pessoa se ela nos amar da forma que nós queremos e não
necessariamente da forma que é mais autêntica e verdadeira para ela
… isso é Amor verdadeiro?
Pessoalmente
tendo a acreditar que o conceito que mais se aproxima e interelaciona
com o Amor é
… o de Liberdade. Amor
é a liberdade de aprender, caminhar e viver numa parceria amorosa …
enquanto ambos/ambas quiserem muito, muito mesmo talvez … e uma
relação amorosa verdadeira e profunda tem necessariamente que
nascer de uma forte motivação para conhecer, aprender, estudar,
contemplar
@ outr@ … e aceitá-l@ em toda a sua autenticidade e essência …
se não formos capazes de amar aquilo que @ outr@ verdadeiramente é
então a questão que se coloca é se estaremos a amar
verdadeiramente @ @utro ou a amar aquilo que queremos que @ outr@
seja? Porque supostamente é aquilo que se coaduna melhor com as
nossas expectativas e desejos…
Resumindo
e concluindo … estou convicto de que existe uma enorme confusão
sobre
o conceito de Amor.
Posse, dependência, ciúme e até o ódio são, paradoxalmente,
habitualmente confundidos com o que é verdadeiramente o Amor. O que
é evidentemente um enorme equívoco e, diria até, um profundo
desconhecimento.
Mas
na verdade este artigo não era para ser necessariamente
de forma tão específica
sobre o Amor. Surgiu
da intenção de escrever mais
em concreto sobre a moda dos cadeados nas pontes (e não só).
Desde
há alguns anos para cá virou moda os casais de namorados colocarem
um cadeado, com os nomes de
ambos os
parceiros gravados, preso às grades de uma ponte. Suponho que a moda
terá começado, ou pelo menos será o local mais conhecido, em
Paris, numa das “românticas” pontes sobre o Sena.
O
simbolismo da ponte como algo que une duas margens é evidente,
e até tem “a sua piada” … o simbolismo do cadeado suponho,
que
também será
mais ou menos óbvio:
é o da união,
uma união
vitalícia,
eterna e
irreversível... já que, pelo que sei, faz também parte da tradição
atirar as chaves do cadeado ao rio.
Para
além do
óbvio
prejuízo
ambiental da questão, questiono-me:
mas porquê
atirar as chaves ao rio? Porque o Amor tem que ser visto como algo
vitalício? O Amor até pode ser … mas uma relação não tem que o
ser só …
“porque sim”.
Porque as pessoas casam-se e é suposto serem felizes para sempre.
Mas
isso não só não
acontece sempre como tantas e tantas vezes sucede precisamente o
oposto:
…
em prol da
“obrigatoriedade” de permanecerem junt@s …
porque têm um vínculo mais ou menos matrimonial,
…
a realidade
é que muitas
pessoas contribuem grandemente para se fazerem reciprocamente
infelizes …
A
vida é profundamente dinâmica e constantemente em mudança.
Enquanto
indivíduos experimentamos igualmente muitas mudanças ao longo da
vida. Então pode
acontecer que essas vivências,
descobertas, aprendizagens,
vicissitudes operem em
nós alterações de padrões
de pensamento, visões, valores, propósitos, etc.
E essas mudanças podem levar a um afastamento e
desfasamento / incompatibilidade
naquilo que são os
propósitos e valores de duas pessoas … e pode perfeitamente
acontecer, e acontece frequentemente, que uma pessoa esteja a
constituir mais um obstáculo naquilo que outra quer ser e fazer do
que propriamente o contrário.
Se,
após todas essas vicissitudes, ambas as pessoas se continuam a
sentir perfeitamente felizes junt@s,
óptimo. Se continua a existir um propósito mais amplo de
crescimento e aprendizagem, excelente. Mas se isso deixa de acontecer
então porquê persistir em prolongar algo que deixou a vários
níveis de “fazer sentido”?
O
cadeado, a meu ver, é um símbolo perfeito de algo que se quer
“petrificar”, aprisionar…algo contrário, portanto, à própria
essência do Amor e
até
da própria vida. Para
além de que sendo algo que representa um “aprisionamento” é
oposto, a meu
ver, à mais pura e profunda essência do Amor: a Liberdade.
Então
em vez da “modinha dos cadeados” talvez fosse
interessante os
namorados, os amantes, optarem
por
símbolos de união mais
criativos. E aproveito o balanço até para deixar uma sugestão:
porque não plantar uma árvore (ou muitas árvores) autóctones em
conjunto? Um dia, quem sabe, essa árvore irá crescer e ser um
bonito símbolo daquilo que foi ou é a união da vida de duas
pessoas.
E mesmo que essas
pessoas, por
alguma razão, não permaneçam juntas enquanto “casal” …
dessa relação terá resultado algo verdadeiramente útil e belo …
para a vida das pessoas (uma relação é sempre um contexto
extraordinário de potencial aprendizagem) e para a Natureza também.
Convém evitar, no caso de entretanto estarem envolvid@s
noutra relação, de fornecer a localização da árvore ao novo/ à
nova parceir@ … isto porque os ciúmes são lixados e porque as
árvores autóctones já têm inimigos
que chegue.
Claro
que os ciúmes, sendo um instinto algo básico, não deixa também de
ser algo que geralmente constitui um enorme obstáculo a uma relação
de profunda confiança e entrega. Ou seja, é normal sentirmos
ciúmes mas se permitimos que eles se manifestem ostensivamente a
tendência será a de ocuparem um espaço vital que,
numa relação saudável,
deveria propiciar outro género de aspectos, como a já referida
confiança e liberdade.
Em
relação à árvore plantada…é também normal sentirmos ciúmes
d@s parceir@s
anteriores d@ noss@ parceir@ actual
… mas a verdade é
que,
se não fosse ele/ela,
@ noss@ parceir@
não seria aquilo
que é hoje…e esse é um propósitos mais primordiais de uma
relação: a aprendizagem, o confronto com as nossas próprias
sombras e, claro, experienciarmos o Amor num dos estados mais belos e
profundos que existem:
no contexto de uma relação amorosa.
Isto
tudo para dizer que devemos
aprender a contemplar a
árvore plantada
pel@ nossa parceir@ e @ anterior parceir@ em toda a sua beleza e
poesia. E por certo será sempre mais bela do que um cadeado, com
dois nomes riscados, preso
numa ponte.
A
ideia da árvore é só uma sugestão entre muitas outras ideias e
hipóteses para
a demonstração de uma
união de uma forma mais interessante e benéfica para o próprio
planeta. A criatividade humana não tem limites … infelizmente a
estupidez humana também não e, ainda a propósito das árvores, e
ainda a propósito de “casalinhos”, não posso deixar de lançar
um sentido apelo: por favor, parem com a estúpida tradição de
riscar os nomes dos membros de um casal
nos troncos das árvores
… é que é uma tradição que consegue ser
ainda mais estúpida
do que a dos
cadeados … quem contempla verdadeiramente uma árvore gosta de o
fazer na plenitude da sua integridade e não com uns
gatafunhos
foleiros
que nos informam de que
o Quim ama a Milocas, em 17 do 04 de 2013. A sério Quim, a sério
Milocas, a humanidade consegue passar bem sem essa informação e a
árvore ainda melhor sem uns gatafunhos feiosos
em jeito de tatuagem
barata.
Está
feito o apelo
… Há
mil e uma formas
belas e profundas de manifestar o nosso Amor por alguém
… e todas elas são
infinitamente
mais
inteligentes, puras e criativas
do que um cadeado
numa ponte.
Afinal
de contas saber Amar é também isso:
saber surpreender,
saber ser criativ@ e encontrar várias
formas de nutrir uma
semente frágil
mas orgânica. E
muitas dessas formas podem ser bastante simples e simultaneamente
profundamente valiosas e carregadas de significado.
Surpreendam
e surpreendam-se, preferencialmente sem mais cadeados!
Pedro
Jorge Pereira
14
de Fevereiro de 2019
PJP -
Desenvolvimento Integral
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Correcção
e Sugestões Ortográficas: Sofia Barradas
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