No
dia em que já não pararem por um minuto sequer para mergulhar no
olhar um do outro …
No
dia em que já não tiverem um minuto sequer para dizer o quanto
“importam” na vida um do outro …
No
dia em que já não tiverem um instante sequer para expressar o
quanto “acrescentam” na vida um do outro …
No
dia em que já não tiverem o desidrato de partilhar os pequenos
“grandes” detalhes do dia-a-dia com aquele/aquela a que chamam de
parceiro/parceira, companheiro/companheira …
No
dia em que o desidrato de voltar a casa para sentir o calor do abraço
dela/dele não for tão intenso como o calor do sol estival …
No
dia em que sentirem a presença um do outro não tocar a alma como o
sorriso de uma criança brincando …
no
dia em que o trabalho, o telemóvel, o computador for mais importante
do que a disponibilidade e vontade de estar com aquele/aquela com quem partilhamos a nossa vida
como companheir@ …
no dia em que já não tiverem tempo, vontade, ímpeto para uma sorriso, um abraço, uma mensagem ...
nesse
dia … talvez seja o dia de perceber a enorme diferença entre um
relacionamento e um “hábito” … o “hábito” de partilhar um
espaço ou circunstância com alguém … e nada mais do que isso …
no
dia em que te habituares à ausência, à indiferença, à desconexão
…
no
dia em que te habituares à distância, a uma rotina “frouxa”,
a já nada esperar, sonhar, desejar de um relacionamento …
nesse
dia talvez seja o dia de tomares consciência de tudo aquilo que um
relacionamento pode verdadeiramente ser …
quando
não nos resignamos ou habituamos ao que ele se tornou …
ou
talvez seja o dia de perceberes que já não tens qualquer
relacionamento … a perder …
que
talvez seja o dia de perceberes que tu mereces tudo aquilo que a vida
te pode proporcionar … de extraordinário …
nomeadamente
no contexto de um relacionamento dito … amoroso …
Talvez
hoje seja o dia …
Pedro
Jorge Pereira – DESENVOLVIMENTO INTEGRAL